Em clima de euforia, negociações nas principais exchanges de criptomoedas sobem até 87% após dezembro avassalador
Primeiros dias de janeiro são marcados por otimismo e entrada de capital no mercado cripto e nas exchanges, após corrida pela autocustódia decorrente da falência da FTX.
Em meados do último mês de novembro, em meio à falência da exchange FTX, duas criptomoedas, de um projeto de carteira digital e de uma exchange descentralizada (DEX), disparavam até 45% em razão da desconfiança do mercado e recuo do Bitcoin (BTC). A alta dos tokens se justificava pelo FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores de criptomoedas em relação às exchanges centralizadas (CEX), o que fez com que grande parte dos investidores corressem em direção à autcocustódia e optassem pela negociação nas DEXs.
Paralelamente aos percalços internos do mercado cripto, o FUD também se justificava pelos fatores macroeconômicos e geopolíticos que impactaram as criptomoedas em 2022 e que podem continuar em 2023. Não por acaso, o jornalista cripto chinês de pseudônimo Wu Blockchain foi ao Twitter nesta quinta-feira (12) destacar a queda na negociação spot (à vista) na maioria das principais exchanges descentralizadas em dezembro, no comparativo com novembro. O que aconteceu em meio a uma alta esquisita de 24.827% e uma rival do Ethereum disparando após o anúncio de uma parceria com a Amazon enquanto o Bitcoin rompia os US$ 18 mil.
CEX Data Report: In December, the spot trading volume of major exchanges fell sharply by 42.8%; the top three declines were Phemex -76%, Bitfinex -58% and Gate -57%; derivatives trading volume fell by 47.6%, Phemex -85%, Deribit -62% and Bitfinex -60%. pic.twitter.com/vYhYosixf5
— Wu Blockchain (@WuBlockchain) January 12, 2023
No período, a Binance registrou um recuo de US$ 514,3 bilhões para US$ 286,6 bilhões (-44,3%), a Coinbase apresentou uma retração de US$ 62,5 bilhões para US$ 36,1 bilhões (-42,2%), a Mexc registrou queda de volume negociado de US$ 67,5 bilhões para US$ 33,4 bilhões (-50,1%), a Gate sofreu uma baixa de US$ 29,6 bilhões para US$ 12,7 bilhões (-57,2%) e a Phemex chegou a sentir um encolhimento de US$ 8,8 bilhões para US$ 2,1 bilhões (-76%), entre outras baixas.
As baixas de dezembro, que também foram sentidas na negociação de futuros em criptomoedas das principais exchanges centralizadas, foram parcialmente recuperadas pelo que apresentava o monitoramento diário do CoinMarketCap nesta quinta, quando, nas últimas 24 horas, o volume de negociação spot operava em alta nas principais plataformas centralizadas. Por exemplo, a Binance movimentava US$ 16 bilhões (+55,17%), a Coinbase acumulava cerca de US$ 2 bilhões (+44%), a Mexc intermediava US$ 1,1 bilhão (+87%), a Gate registrava US$ 359,4 milhões (+79,8%) e a Phemex respondia por US$ 147,8 milhões (+31,4%), entre outras altas.
Embora não tenha escapado da debandada de parte dos investidores em dezembro, a Binance parece ter sido a principal favorecida pela migração dos traders da FTX. Uma das evidências desse deslocamento foi o volume de R$ 10,8 milhões em BNB declarados por investidores brasileiros que quase dobraram os ganhos de capital em relação aos meses anteriores, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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