‘Cruz da morte’ no gráfico de 3 dias do Bitcoin pode provocar correção de até 40% do preço do BTC

“Cruz da morte” no gráfico de 3 dias só aconteceu duas vezes na história do Bitcoin, e em ambas provocou desvalorizações de até 40% do preço do BTC no mês seguinte ao cruzamento entre médias móveis de 50 e 200 dias.

O gráfico de três dias não costuma ser muito popular entre os traders para avaliar a ação de preço do Bitcoin (BTC). No entanto, a iminência da formação de uma “cruz da morte” neste gráfico em que cada vela representa 72 horas de negociações é um indicativo de que uma correção severa pode ocorrer no curto prazo.

Tecnicamente, uma cruz da morte se configura quando a média móvel simples de 50 velas cruza a média móvel de 200 velas em sentido descendente. Especialistas em análise técnica costumam ser unânimes em considerar este padrão gráfico um indicador de uma correção mais profunda.

Uma boa razão para não ignorar a formação deste padrão baixista no gráfico de três dias do Bitcoin é que ela ocorreu apenas outras duas vezes na história da maior criptomoeda do mercado. Em ambas, o Bitcoin atravessava ciclos de baixa similares ao momento atual, com o preço aproximadamente 40% abaixo de sua máxima histórica – muito embora nem todos os analistas concordem que os ursos estão no controle do mercado agora.

Um mês após confirmadas as “cruzes da morte”, o preço do BTC corrigiu até 40% em relação ao preço em que se encontravam antes do cruzamento entre as médias móveis de 50 e 200 dias.

Considerando-se a cotação de US$ 40.110 do final da tarde desta segunda-feira, uma vez estabelecida a nova “cruz da morte” e o preço do BTC poderia recuar ainda até a faixa de US$ 24.000.

Histórico de correção

A primeira vez que a “cruz da morte” no gráfico de três dias aconteceu na história do Bitcoin foi em meados de dezembro de 2014. Após uma correção severa imediatamente após o evento, o preço do BTC foi buscar o fundo de US$ 208,01 em 15 de janeiro de 2015.

O padrão gráfico voltou a se configurar na metade de novembro de 2018, quando o par BTC/USD estava cotado a aproximadamente US$ 6.400. Em 15 de dezembro, o preço do BTC chegou à mínima de US$ 3.156.

Em contrapartida, também em ambos os casos, os fundos que se seguiram às cruzes da morte no gráfico de três dias registraram as mínimas de ambos os ciclos. Depois, o Bitcoin retomou um crescimento lento e gradual para em 2017 e 2021 renovar suas máximas históricas.

Comportamentos passados não são garantia de desdobramentos futuros, mas se a história se repetir o Bitcoin pode estar diante de sua última correção antes de uma reversão de tendência definitiva rumo a dias melhores.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o quarto fechamento semanal seguido no vermelho, agora abaixo de US$ 40.000, indica que este antigo suporte pode estar se tornando a nova resistência para o preço do BTC.

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