‘E se seu cartão de crédito demorasse 10 minutos por compra? Esse é o Bitcoin hoje’, destaca relatório do Banco Inter
Um recente relatório do Banco Inter jogou luz sobre um dos principais problemas para a adoção do Bitcoin (BTC) como meio de pagamento direto, a escalabilidade da rede blockchain
Um recente relatório do Banco Inter jogou luz sobre um dos principais problemas para a adoção do Bitcoin (BTC) como meio de pagamento direto, a escalabilidade da rede blockchain.
No documento, chaamdo Criptoworld, o banco destaca que o sonho do bitcoin enquanto uma moeda alternativa, capaz de lidar com as demandas das pessoas no dia a dia, ainda está distante. Hoje, o registro de uma transação na blockchain demora dez minutos em média.
“Imagine seu cartão de crédito demorar esse tempo para confirmar uma compra”.
No relatório o banco afirma que aumentar a velocidade das transações sem perder segurança e previsibilidade é um dos principais desafios da moeda virtual, problema que vem sendo atacado de várias formas, sendo a principal delas por meio de soluções de Layer 2 como é o caso da Lightning Network (LN), adotada em El Salvador
“A Lightning Network consiste em um protocolo que permite a realização de transferências off-chain em paralelo à blockchain do Bitcoin. Isso significa que as transações realizadas nessa rede não são registradas à priori na blockchain e, assim, dispensam o trabalho dos mineradores, o que as torna instantâneas e extremamente baratas”, afirma o banco.
Porém, além das soluções de Layer 2 como a LN o banco aponta que o uso de sidechains pode também ajudar a melhor a escalabilidade do Bitcoin.
“As sidechains fazem uso de uma blockchain própria e, por conseguinte, possuem um token nativo. Um exemplo de sidechain até então bem-sucedido, porém focado no Ethereum, é o Polygon (MATIC). Por utilizar o algoritmo de consenso Proof of Stake, diferentemente de Ethereum que usa Proof of Work, transações que fazem uso da sidechain do Polygon são efetivadas em menos tempo e apresentam menor custo”, destaca.
Lightning Network
Recentemente, de acordo com dados da YCharts, a taxa média de transação do Bitcoin caiu de US$ 4,40 para US$ 1,80 este ano, uma redução de 57,97%. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores. Uma explicação é que a rápida expansão da Bitcoin Lightning Network, na qual as transações estão fora da blockchain, pode ter sido um catalisador.
Em 21 de abril, a taxa média de transação na rede Bitcoin atingiu uma alta histórica de US$ 62,8 por transação, já que as paralisações das mineradoras na China desaceleraram a produção de blocos em um momento em que a demanda por Bitcoin era robusta.
A queda nos custos pode ser atribuída ao fato de os mineradores de Bitcoin se tornarem menos céticos e não perderem o interesse no processamento de transações. Quando isso acontece, cai a dificuldade de mineração, que mede o quão difícil é validar uma transação de Bitcoin.
Outra possível razão para o custo de transação em declínio é o descongestionamento do mempool, que é a coleta de todas as transações pendentes antes de serem confirmadas. Quando uma transação é enviada para a rede Bitcoin, ela permanece no mempool até receber a confirmação.
Como cada bloco BTC tem um cerca de 1 MB, um grande mempool pode encorajar os mineradores a favorecer transações mais lucrativas. O tamanho do mempool Bitcoin tem estado bem abaixo de sua capacidade máxima, conforme mostrado pelo gráfico abaixo.
A contagem média de transações também caiu significativamente nos últimos meses. Em uma média por dia, havia mais de 350.000 transações no início de 2021, mas esse número agora caiu para entre 250.000 e 213.000 transações por dia.
Outra possível explicação para o declínio nos custos de transação é que os comerciantes e detentores de Bitcoin tendem a usar menos BTC. Uma queda na demanda faz com que o custo por token caia, o que diminui as taxas de transação.
Confira o relatório completo
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