Igrejas lavavam dinheiro em esquema da criptomoeda OneCoin

Até mesmo igrejas utilizaram o esquema conhecido como pirâmide financeira para a lavagem de dinheiro. Uma pequeno país localizado na Polinésia teve dois grupos de instituições religiosas envolvidas no caso OneCoin. De acordo com investigações do Banco Central de Samoa, as igrejas utilizaram a OneCoin para a lavagem de dinheiro no país.

A OneCoin foi uma criptomoeda utilizada para um sistema de pirâmide financeira que atingiu milhares de pessoas. O esquema fraudulento movimentou milhões de dólares em uma criptomoeda apresentada através de um marketing de multinível. As operações da OneCoin chegaram até mesmo em duas igrejas localizadas em Samoa.

Investigações começaram na Nova Zelândia

Igrejas podem ter movimentado milhões de dólares através de esquema de pirâmide financeira. Investigações apontam que duas instituições foram responsáveis por participarem do negócio envolvendo a OneCoin. As igrejas lavaram dinheiro através do esquema apontado como pirâmide financeira também em outros países, através de filiais.

Além de Samoa, o esquema envolvia instituições religiosas localizadas na Nova Zelândia e Austrália. Sendo assim, foi através de uma denúncia de autoridades policiais da Nova Zelândia que as investigações iniciaram. Os policiais identificaram o envio de milhões de dólares através de igrejas samoanas através do esquema OneCoin.

Filiais de duas instituições religiosas estão envolvidas em um esquema de pirâmide financeira. O envolvimento de igrejas nesse tipo de negócio fraudulento é completamente inédito. Até então nenhuma instituição religiosa fora apontada com envolvimentos em negócios considerados pirâmides financeiras.

Os maiores atingidos com o esquema são a pequena população de Samoa. Segundo Gilbert Wongsin, centenas de pessoas caíram no golpe e investiram na OneCoin.

Gilbert é presidente em exercício do Banco Central de Samoa e esclareceu que as instituições investigadas violaram leis nacionais que buscam punir habitantes que praticam a lavagem de dinheiro. As igrejas citadas na investigação fazem parte do Centro de Adoração de Samoa e também da Igreja Adventista do Sétimo Dia Independente de Samoa).

Investimentos na OneCoin possuem ligação direta com igrejas

Pode ser que grande parte dos investidores tenham sido motivados a aplicarem na pirâmide financeira através de pregação e recomendações em filiais das igrejas investigadas no caso. Como o negócio necessitava de sucessivas indicações oferecendo lucros cada vez maiores, a OneCoin precisava de ganhar cada vez mais novos adeptos.

Um pastor que faz parte de uma das igrejas investigadas comentou sobre os negócios. Para Josh Seiuli, nenhum crime foi cometido por ele. O pastor alega que os investimentos na OneCoin aconteceram antes do Banco Central de Samoa proíbirem transações envolvendo criptomoedas. Segundo Josh, a proibição aconteceu em maio de 2018.

O religioso, faz parte do Centro de Adoração de Samoa, uma das instituições investigadas. A igreja em que Josh atua fica em Apia, capital de Samoa. O pastor revelou que cerca de 500 religiosos da paróquia fizeram investimento na OneCoin. Contudo, Josh alega que a igreja não está envolvida no esquema. Inclusive, a igreja na qual o religioso faz parte, está processando o Banco Central de Samoa por difamação.

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