IBOV e Bolsas mundias derretem por receios com pandemia e recessão

Após vários dias de altas e recordes, IBOV e Bolsas mundias derretem. Principais causam são o receio com o rebote do COVID-19 e uma possível recuperação demorada. Assim, discurso de Jerome Powell, Presidente do FED, contribui para jogar banho de água fria nos investidores.

A farra dos investidores de ações está sofrendo um baque nas últimas 48 horas.

Depois de recordes atrás de recordes nas bolsas americanas, o mercado apresenta um recuo significativo.

Por conta disso, o IBOV também está recuando, na linha das bolsas estrangeiras.

Dessa maneira, entre os principais culpados pela queda nos índices das principais Bolsas, estão o receio com um rebote do COVID-19 e o discurso do Presidente do FED.

IBOV e Bolsas mundias derretem

Essa é a situação do IBOV, índice que mede o desempenho das principais ações listadas na B3 Bovespa:

Ibov de 11 de junho

Desde ontem, 10 de junho, o IBOV cai de maneira significativa, após 7 dias de euforia.

Nesse momento (11:30), a queda é de 2,13% no dia, aos 94.686 pontos.

Porém, a Bolsa brasileira não cai sozinha; pelo contrário, ela está apenas refletindo a situação das principais Bolsas estrangeiras.

Assim, os índices das Bolsas americanas, europeias e asiáticas estão em baixa:

  • S&P 500 (SPX): -2,61%
  • NASDAQ (IXIC): -1,97%
  • Reino Unido (UKX): -2,88%
  • Alemanha (DAX): -3,03%
  • Japão (NI225): -2,82%
  • China (SHCOMP): -0,78%

O movimento de queda está sendo liderado, principalmente, por duas questões: o COVID-19 e o receio por uma recuperação econômica demorada.

Volta do COVID-19 deixa o mercado com medo

No Brasil, a pandemia provocada pelo COVID-19 ainda causa grandes preocupações. Porém, na maior parte dos países desenvolvidos, a situação já está controlada.

Dessa maneira, países como os EUA, China e a União Europeia estão reabrindo as suas economias.

As bolsas estavam refletindo essa situação de reabertura com um otimismo extremo. Nos EUA, a NASDAQ bateu recordes de desempenho por três dias seguidos.

No entanto, há uma preocupação com o otimismo dos acionistas: será que a situação atual deve ser encarada com tanto otimismo? Na visão de muitos especialistas, não.

Agora, parece que os mercados estão tomando um choque de realidade: a pandemia do COVID-19 está longe de estar resolvida. Assim, a prudência é necessária no mercado de ações.

Recuperação lenta da economia desanima investidores

Ontem, o Presidente do Banco Central Americano (FED) se pronunciou sobre a crise.

O seu discurso serviu como um balde de água fria para os investidores de ações.

Por quê? Simples: Jerome Powell fez um discurso moderado e cauteloso sobre o futuro da economia americana.

Para Powell, os EUA podem demorar anos para recuperar os 43 milhões de empregos perdidos por conta da pandemia. Além disso, o FED prevê uma retração de 6,5% do PIB em 2020. Contudo, esse número pode subir, caso o COVID-19 reapareça nos EUA.

Finalmente, parece que o mercado está retornando à realidade, após demonstrar um otimismo exagerado durante os últimos dias.

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