‘Me arrependi de não ter comprado Bitcoin em 2010, com R$ 100 teria hoje R$ 175 milhões’, diz Ricardo Amorim
Um dos maiores economistas do Brasil, Ricardo Amorim, declarou que se arrependeu de não ter comprado Bitcoin em 2010 contudo o fato lhe trouxe lições importantes
Um dos maiores economistas do Brasil, Ricardo Amorim, declarou em sua conta oficial no Linkedin que se arrependeu de não ter comprado Bitcoin em 2010, quando teve oportunidade, contudo o fato lhe trouxe lições importantes, segundo ele.
Amorim afirmou que se tivesse investido R$ 100 reais em Bitcoin em 2010, quando cogitou comprar a criptomoeda, hoje teria cerca de R$ 175 milhões.
“Enfim, em 2010, até pensei em comprar alguma coisa em Bitcoins. No entanto, o medo de que ninguém quisesse aquilo no futuro ou de que alguém sumisse com os meus ativos, somado ao fato de eu não saber exatamente como comprar e guardar meus Bitcoins, me fizeram não comprar. Naquele momento, 1 Bitcoin custava US$0,01 ou R$ 0,017. Atualmente, custa cerca de R$300 mil. R$100 investidos naquela época valeriam aproximadamente R$175 milhões. Se eu tivesse investido -o que não fiz – e mantido o investimento até hoje…”, disse.
No artigo Amorim afirma que conheceu o Bitcoin pouco mais de um ano após seu lançamento e que duas coisas em especial no BTC lhe chamaram a atenção: uma regra fixa de criação de quantidade limitada da nova moeda e uma tecnologia de criptografia que permitiria que ela pudesse ser emitida, transacionada e guardada no meio digital, sem nenhum governo por trás (Blockchain).
“O primeiro conceito me conquistou de cara. Naquele momento, era claro para mim que a única forma de evitar uma nova Grande Depressão seria que governos e bancos centrais em todo o mundo dessem estímulos fiscais e monetários em magnitude nunca antes vista. Em português claro, eles teriam de encher o mundo de dinheiro; como efetivamente fizeram nos anos seguintes e, mais recentemente, em escala ainda maior, em resposta à crise econômica causada pela pandemia do coronavírus”,disse.
As criptomoedas vieram para ficar, mas eu tive medo
O economista revelou que embora as ideias do Bitcoin tenham lhe chamado a atenção especialmente no momento econômico pelo qual o globo passavam, ele teve medo de como o Bitcoin seguiria seu futuro e se seria aceito como moeda e meio de pagamento.
“De lá para cá, meus medos se provaram infundados. As criptomoedas têm se tornado cada vez mais aceitas como forma de pagamentos e vêm sendo cada vez mais regulamentadas. Também vem crescendo o número de empresas que pagam salários e investem em criptomoedas.”, destacou.
Amorim pontuou também que a tecnologia do Bitcoin deu impulso a uma gama de negócios para além das criptomoedas como o uso de blockchain para diversas coisas e o processo de tokenização que permite desde a preservação da biodiversidade da Amazônia até jogadores de futebol.
Destes mais de 10 anos de evolução do Bitcoin e do mercado de criptomoedas e, na outra ponta, da economia global com suas taxas de juros e impressão desenfreada de dinheiro Amorim declara que tirou 5 lições importantes.
Cinco lições
“Há 11 anos, deveria ter feito um pequeno investimento em Bitcoin a longo prazo e o encarado como um bilhete de loteria melhorado, com muito pouco a perder e uma eventual possibilidade de ganhar muito”, disse.
Outra lição importante, segundo ele, é que as criptomoedas já estão maduras o suficiente para serem encaradas como uma classe de ativos a receber alocação em carteira de investidores, condizente com sua volatilidade e correlação com outros ativos e também com o perfil de risco de cada investidor.
Além disso, ele destaca que em investimentos de alta valorização, o investidor tem de estar preparado para correções cíclicas muito significativas de preço.
“Esta é uma característica do desempenho de qualquer ativo com adoção crescente e altas aceleradas de preço. Essa alta é sempre permeada por fortes chacoalhadas. As ações da Amazon, cujos preços subiram mais de duas mil vezes desde seu lançamento há 24 anos, também passaram por diversas correções de preço de mais de 80%. Com Apple, Google e Facebook, a história é parecida. Grandes correções ocorrerão de tempos em tempos. São oportunidades para montar e aumentar posições a preços atraentes e, por consequência, com maior potencial de retorno”, destaca.
A quarta lição aprendida por Amorim diz respeito à diversificação do portfólio, destacando que em toda classe de ativos há bons e maus ativos, assim, com as criptomoedas não é diferente.
“A longo prazo, é provável que muitas criptomoedas não sejam suficientemente usadas e deixem de existir. Outras permearão cada vez mais nosso dia a dia e, compensando a volatilidade no meio do caminho, terão valorizações estelares. Por isso, diversificação e uma boa assessoria para investir bem são fundamentais”.
Por fim, segundo ele, a quinta lição aprendida é que as criptomoedas vieram para ficar e devem integrar o portfólio de qualquer investidor.
“Hoje, estou convencido de que as criptomoedas vieram para ficar e compõem uma classe de ativos que precisa ser conhecida por qualquer um que tem um dinheirinho para investir.”, finaliza.
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