Huobi Brasil demite 60% dos funcionários depois de cinco meses de operação

A divisão brasileira da Huobi demitiu seis dos 10 funcionários da operação nacional da exchange de criptomoedas. A informação de que houve desligamentos foi confirmada por telefone pelo CEO da empresa no Brasil, Frank Tao. Ele não quis comentar sobre os números.

Em seguida, Tao afirmou que estava em uma reunião e que não poderia falar no momento. O Portal do Bitcoin ainda enviou por Whats App uma solicitação de entrevista mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Os avisos de não-renovação dos contratos saíram todos na última semana de outubro e início de novembro. De acordo com um ex-funcionário, que pediu para não ser identificado, os desligamentos ocorreram ao longo da semana.

Como muitos tinham o contrato no modelo freelancer, os vencimentos tinham datas diferentes. Muitos tinham pouco tempo de casa. Os cargos gerenciais e operacionais foram os mais afetados, conforme as fontes ouvidas.

Fiquei surpreso com a demissão. Não foi nada a respeito do mercado. Provavelmente é um fator externo. Em setembro a equipe estava fechada. Em outubro, decidiram não seguir com as operações locais. Foi uma ordem que veio da matriz”, disse uma das pessoas com quem a reportagem conversou.

Nenhuma das pessoas soube explicar os motivos exatos para as demissões.

Huobi no Brasil

A chegada da gigante chinesa das criptomoedas foi revelada pelo Portal do Bitcoin em maio deste ano. Na Bitconf, a equipe da empresa já havia sido vista circulando e distribuindo cartões.

Na época, se acreditava que a chegada da exchange chinesa fosse representar um novo desafio às exchanges nacionais, dada sua grande liquidez. A Huobi, porém, não começou a aceitar depósitos e saques em reais.

Huobi é um dos pesos-pesados do mercado internacional. Nas últimas 24 horas, ela ocupa a oitava posição mundial em volume negociado de acordo com o CoinMarketCap, com mais de US$ 380 milhões, em um total de 284 pares de negociação.

Outra demissões no mercado brasileiro

O mercado brasileiro de exchanges não passa por um bom momento. Na metade de outubro, a corretora Mercado Bitcoin, a líder no segmento, confirmou a demissão de pelo menos 20 funcionários. A empresa demitiu profissionais que foram contratados de outras companhias há menos de seis meses. Há casos de pessoas que não completaram dois meses de casa.

Em agosto, a corretora brasileira de criptomoedas Foxbit diminuiu a equipe de Tecnologia de Informação. Um desenvolvedor pediu demissão e três foram demitidos, o que culminou com a paralisação no desenvolvimento da plataforma própria. Embora a informação tenha sido confirmada por cinco pessos, a empresa não quis se posicionar.

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