Hospitais no Rio Grande do Sul vão usar blockchain para combater surto de Covid-19
Um novo projeto no Rio Grande do Sul vai utilizar telemedicina com blockchain no combate ao surto de Covid-19 no estado. A ideia é empregar a tecnologia para uniformizar o registro de dados de hospitais para facilitar o trabalho dos médicos.
Desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Inovação do Software da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), o sistema prevê a criação de um modelo de computador para padronizar os dados de pacientes.
A blockchain, por sua vez, será empregada para garantir que as informações serão criptogradas apropriadamente. Desse modo, a tecnologia surgiria como forma de impedir vazamentos como já ocorreu no próprio sistema do SUS logo após o hack ao STJ.
O sistema de telemedicina é destaque da primeira edição do ano da revista Capes em Foco, que traz os principais projetos de pesquisa e inovação financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
À publicação, o coordenador do projeto e professor do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Unisinos, Cristiano André da Costa, explica como o sistema em blockchain poderá ajudar no combate à pandemia.
Cada hospital é uma ilha. Tem seu sistema próprio de geração e armazenamento de dados, que é, normalmente, incompatível com sistema de outros hospitais. Com a padronização dos dados, será possível criarmos o que estamos chamando de Prontuário Eletrônico Pessoal, e ativarmos um sistema interligado e contínuo de troca de informações.
Ainda não há previsão de lançamento do sistema proposto pelos cientistas da Unisinos no Rio Grande do Sul. No entanto, já existem outras iniciativas similares em outros estados.
Blockchain em sistema hospitalar da Paraíba
Na última quinta-feira (11), começou a funcionar na Paraíba o TeleRim, um sistema voltado para a área de nefrologia que alia chamadas de vídeo a blockchain para atendimento à distância.
Por meio da plataforma, médicos nefrologistas do Hospital Universitário Lauro Wanderley poderão atender pacientes por celular ou computador e usar a blockchain para registrar laudos, receitas e outros documentos assinados digitalmente.
O objetivo é facilitar o acesso a atendimento por cidadãos do interior sem a necessidade de viagens. De início, os médicos dedicarão de 10% a 20% das consultas à modalidade remota, mas espera-se aumentar essa fatia para 50% em breve. Além disso, o hospital planeja estender o sistema para outras especialidades.
Ao menos por ora, os atendimentos não terão relação com a Covid-19. No entanto, a novidade já é reflexo da liberação de telemedicina no país como consequência da pandemia. Em 2020, o setor de blockchain se animou com a liberação. Já naquela época, especialistas previam que a modalidade viraria tendência e não iria embora mesmo após a crise sanitária.
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