Hillary Clinton: “cripto pode desestabilizar nações”
A ex-primeira dama e candidata a presidência dos Estados Unidos em 2016, Hillary Clinton, classificou as criptomoedas como uma ameaça ao sistema econômico mundial.
Nesta sexta-feira (19), durante participação remota no Bloomberg New Economy Forum, a política destacou os principais desafios que governos precisam lidar nos dias atuais. Segundo Hillary Clinton, chefes de estado precisam estar atentos ao crescimento na adoção de ativos cripto.
“Uma área à qual espero que os estados-nação comecem a prestar mais atenção é a ascensão das criptomoedas – porque o que parece ser um esforço muito interessante e um tanto exótico para literalmente minerar novas moedas a fim de negociar com elas tem o potencial de minar moedas [FIAT], minar o papel do dólar como moeda de reserva, desestabilizar nações, talvez começando pelas pequenas, mas indo muito mais além ”.
Criptomoedas e ataques hackers
Durante sua fala, Clinton fez questão de criticar o governo russo, acusando o presidente Vladimir Putin de criar condições para que grandes grupos de hackers consigam implementar “desinformação e guerra cibernética”.
Não é a primeira vez que a ex-candidata democrata faz essas acusações. Ela já havia atribuído o governo russo e grupos hackers como responsáveis pela sua derrota na eleição presidencial de 2016.
As tensões entre os dois países por causa de grupos hackers se intensificou ainda mais neste ano, após o ataque sofrido pela norte-americana Colonial Pipeline, que teve que pagar milhões em criptomoedas para conseguir resgatar diversos dados e informações cruciais que haviam sido sequestradas.
Após o incidente, o atual presidente Joe Biden afirmou que qualquer ataque hacker ou roubo de dados que tivesse relação com a Rússia seria causa de retaliação. Em resposta, o governo russo afirmou que intensificaria o combate a esses grupos de criminosos, inclusive com sistemas de rastreamento a utilização de criptomoedas.
Regulamentação cripto nos EUA
Assim como Hillary Clinton, alguns políticos e autoridades governamentais dos EUA possuem preocupações com o mercado cripto, como é o caso da senadora Elizabeth Warren, que tem pressionado a SEC por mais diretrizes regulatórias.
No entanto, alguns políticos locais, como o governador do Texas e o prefeito de Miami, são grandes entusiastas do Bitcoin (BTC) e demais ativos cripto. Além disso, a SEC aprovou em outubro os primeiros ETFs de BTC do país.
Apesar do caso envolvendo a Ripple, e de estar supervisionando cada vez mais o setor DeFi e exchanges descentralizadas, a SEC tem dado indícios de uma possível regulamentação que legitime operações com criptomoedas.
Considerada a maior economia do mundo, é bem possível que a novas leis e diretrizes do governo dos EUA sobre o mercado cripto influencie como outros países irão se posicionar sobre esses ativos.
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