Hashdex recebe permissão para lançar produtos de investimento em criptomoedas na União Europeia

A aprovação do Prospecto Base Europeu abre caminho para que a Hashdex passe a ofercer seus produtos em outros países do continente.

Maior gestora de fundos de investimento em criptomoedas do Brasil, a Hashdex recebeu autorização para listar seus produtos negociados em bolsa (ETPs) na União Europeia.

A notícia foi divulgada um dia depois que a Hashdex lançou uma versão do ETF HASH11 no mercado chileno em uma parceria com o BTG Pactual. Assim, a gestora brasileira avança com seus planos de expansão internacional, abrindo novas frentes de atuação tanto na América Latina quanto na Europa, conforme destacou Bruno Sousa, head de Novos Mercados da Hashdex:

“Receber a aprovação para lançar produtos de cripto na União Europeia, em apenas três meses, é uma prova dos esforços da nossa equipe em atender às necessidades dos investidores europeus que desejam entrar neste novo mercado.”

No início de maio, a Hashdex lançara seu primeiro produto de investimento na Europa. O  Hashdex Nasdaq Crypto Index Europe ETP passou a ser negociado na SIX Swiss Exchange. Embora não disponibilize números consolidados sobre o desempenho do ETP, a gestora disse que o produto recebeu aportes relevantes, apesar do atual ciclo de baixa do mercado.

O ETP rastreia o Nasdaq Crypto Index Europe (NCIE), um índice projetado para refletir globalmente o movimento do mercado de criptomoedas através da exposição diversificada a uma cesta variada de ativos digitais de alta capitalização.

A aprovação do Prospecto Base Europeu abre caminho para que a Hashdex passe a oferecer seus produtos em outros países do continente, disse Sousa:

“Esperamos avançar para sermos o principal emissor europeu de produtos de criptomoedas, sempre promovendo estratégias inovadoras e diversificadas.”

Hashdex

Os ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) da Hashdex estrearam na B3 no ano passado e tiveram ótima aceitação por parte dos investidores brasileiros. Aprovado pela CVM em conformidade com a o marco regulatório brasileiro, o HASH11 tornou-se o mais popular ETF de criptomoedas da B3. O principal ETF da Hashdex chegou a ser o segundo maior ETF em número de cotistas entre todos os fundos de índice da B3, ficando atrás apenas do ETF que replica o índice Ibovespa.

O HASH 11 chegou a alcançar um patrimônio de mais de R$ 3 bilhões no final do ano passado, impulsionado pelo ciclo de alta do mercado ao longo de 2021. Atualmente, caiu para aproximadamente R$ 1,1 bilhão, sob o impacto de um inverno cripto rigoroso, que impôs perdas de mais de US$ 2 trilhões à capitalização total do mercado de criptomoedas.

Atualmente, a Hashdex possui seis fundos de índice negociados em bolsa na B3. Além do HASH11, a gestora oferece o WEB311, que oferece exposição a uma cesta de ativos da Web3, o DEFI11, vinculado a tokens de finanças descentralizadas, o BITH11, atrelado ao Bitcoin (BTC) e o ETHE11, atrelado ao Ethereum (ETH).

No início deste mês, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, a gestora lançou o “Crypto Top Performers”, um fundo quantitativo que utiliza um algoritmo para compor uma carteira baseada em altcoins com alto potencial de valorização. A ideia é que o novo fundo seja capaz de superar o desempenho do Nasdaq Crypto Index (NCI), índice que serve de referência para o HASH11. 

Líder absoluta deste mercado, até março a Hashdex respondia por 77% dos cotistas do mercado de ETFs vinculados a criptomoedas da B3.

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