Feliz com a alta do Bitcoin pois então se prepare para o ‘boom’ do Urânio

“Tudo isso mostra que o urânio traz alguns trunfos ao investidor: a demanda é recorrente e é um mineral escasso na Terra, o que pode entregar altas exponenciais no longo prazo”, destaca economista brasileiro

Os investidores de Bitcoin, que seguraram suas moedas, não poderiam estar mais felizes com relação ao preço do BTC que em menos de 3 meses passou da faixa dos US$ 10 mil para mais de US$ 52 mil.

Porém, enquanto analistas apontam que a principal criptomoeda do mercado pode facilmente passar de US$ 100 mil em abril, outros apontam que indicadores sinalizam um período de correção e consolidação que não deve promover um salto no preço do BTC acima de US$ 60 mil.

No entanto, enquanto os gráficos no preço do BTC apresentam sinais mistos, economistas como George Wachsmann, CIO da Vitreo, declaram que o Urânio, que já subiu mais de 110%, pode ser um opção para os investidores que desejam uma alternativa aos criptoativos e mesmo ao mercado tradicional.

Wachsmann aponta que o Urânio é a ‘bola da vez’ e que ele deve mudar o mundo com o seu uso.

“Ele representa um grande avanço tecnológico, que tem tudo para mudar o mundo nos próximos dez anos”, disse ao portal Seu Dinheiro.

Urânio

A previsão de Wachsmann para o grande ‘boom’ no preço do metal é baseada no aumento do seu uso no setor elétrico.

E ele não está sozinho em suas previsões já que duas das pessoas mais ricas do mundo, Bill Gates e Elon Musk já anunciaram planos de utilizar o metal para ampliar a oferta energética na Terra (e possivelmente em Marte).

Assim, enquanto Gates fundou a TerraPower, voltada em trazer mais segurança na geração de energia nuclear, o dono da Tesla declarou que o consumo de energia proveniente do urânio vai dobrar nos próximos anos.

O brasileiro João Piccioni, especialista em investimentos em ativos internacionais, também está otimista com o metal.

Segundo ele, o urânio movimenta toda uma cadeia de produção e de empresas que se beneficiam de sua energia, portanto, não estamos falando apenas de um ativo, mas, como o Bitcoin, de um ecossistema.

“O mercado de urânio tem grandes possibilidades de continuar crescendo nos próximos anos, principalmente pela construção de novas usinas — que estão, em sua maioria, sendo desenvolvidas nos países em desenvolvimento como China e Índia”, explica.

Urânio também é escasso

Além disso, assim como o Bitcoin, o urânio também é um ativo escasso e seu fornecimento é estimado em 6.147.800 toneladas, porém, de todo o urânio minerado 99,3% é do tipo (ou “isótopo”) 238 e somente 0,7% restante é urânio 235, que é o que pode ser usado para geração de energia e para a construção de bombas atômicas.

“Tudo isso mostra que o urânio traz alguns trunfos ao investidor: a demanda é recorrente e é um mineral escasso na Terra, o que pode entregar altas exponenciais no longo prazo”, completa Wachsmann.

Desta forma o gestor de recursos na L2 Capital, Marcelo López, destaca que já há um déficit entre a produção e o consumo e que isso deve aumentar ainda mais com o avanço dos anos e com a demanda mundial por novas fontes de energia para além do petróleo.

“Confesso que nunca vi uma oportunidade de investimento tão boa assim. Observo um enorme desequilíbrio, com demanda robusta e crescente, redução sistemática na oferta e um preço inferior à metade do custo de produção. Somado a isso, o comprador final é praticamente insensível ao custo da commodity, já que o urânio responde por menos de 5% do custo operacional de um reator nuclear convencional”, disse.

Bitcoin ou urânio

No Brasil a Vitreo lançou recentemente um fundo que oferece exposição ao metal considerado promissor, chamado de Vitreo Urânio, o fundo registra cerca de 9% de valorização no mês e ‘compete’ em rentabilidade com os fundos brasileiros, inclusive os da Vitreo, com exposição em criptoativos.

No entanto, também há riscos já que a produção de urânio para geração de energia não é um processo simples e envolve um processo chamado ‘enriquecimento de urânio’.

Isso é feito em usinas nucleares em ultracentrífugas instaladas em forma de cascatas, nesses equipamentos o gás hexafluoreto de urânio (UF6) é submetido a velocidades extremamente altas, separando os isótopos mais leves (urânio–235) dos mais pesados (urânio–238).

Isso faz com que a concentração do isótopo mais leve (urânio-235) passe de 0,7%, como é encontrado na natureza, para até 5%. 

No entanto, o processo de enriquecimento de urânio é totalmente controlado por governos já que se o processo de enriquecimento for aumentado para 20% (o que não é uma tarefa simples) é possível usar o urânio enriquecido na fabricação de bombas atômicas.

Portanto, o processo de enriquecimento de urânio é parte de uma das maiores disputas geopolíticas do mundo e inclusive determina os assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.

Confira a rentabilidade dos fundos com exposição em criptoativos e do fundo da Vitreo em Urânio.

FUNDO NO MÊS NO ANO
VITREO URANIO FIM 9,69%
QR BLOCKCHAIN ASSETS FIM IE 22,11% 69,35%
QR BTC MAX FIM IE 28,09% 68,31%
VTR QR CRIPTO FIM IE 22,70% 70,17%
VITREO CRIPTOMOEDAS FIC FIM INVESTIMENTIMENTO EXTERIOR 22,44% 69,09%
VITREO CRIPTO METALS BLEND FIC FIM 1,80% 11,26%
HASHDEX CRIPTOATIVOS II FIM 10,50% 31,31%
HASHDEX BITCOIN I FIM IE 26,79% 74,85%
HASHDEX CRIPTOATIVOS I FIM 5,57% 15,52%
HASHDEX CRIPTOATIVOS DISCOVERY FIC FIM 5,62% 15,58%
HASHDEX CRIPTOATIVOS EXPLORER FIC FIM 10,55% 31,41%
HASHDEX CRIPTOATIVOS VOYAGER FIM IE 26,09% 80,83%
HASHDEX BITCOIN FULL 100 FIC FIM IE 26,75% 74,33%
HASHDEX OURO BITCOIN RISK PARITY FIC FIM 11,05% 10,13%
BLP CRIPTOATIVOS FIM -0,50% 6,76%
BLP CRYPTO ASSETS FIM IE -1,69% 35,73%
CDI (Benchmark) 0,08% 0,23%

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