Polícia Federal realiza nova operação contra a Braiscompany e bloqueia mais de R$ 130 milhões

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21/7, mais uma operação contra a Braiscompany

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21/7, mais uma operação contra a Braiscompany, a Operação Trade-Off com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro decorrente de supostos  crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.

Segundo as investigações, nos últimos quatro anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos: dois na cidade de São Paulo/SP e um na cidade de Aracaju/SE.

Houve ainda ordem judicial exarada pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba para indisponibilidade de bens no valor de R$ 136 milhões em nome dos investigados.

A operação realizada nesta sexta, 21, integra a Operação Halving que ocorreu em fevereiro de 2023 e marcou a primeira operação da PF contra a Braiscompany cujos sócios Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos seguem foragidos.

Parte dos bens e itens apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação desta sexta, 21

Parte dos bens e itens apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação desta sexta, 21

Em junho deste ano, a Organização Internacional de Polícia Criminal, mais conhecida como Interpol, realizou a prisão de três funcionários da Braiscompany, empresa que era gerida por Antônio Neto Ais, por suspeitas de envolvimento em delitos contra o sistema financeiro. Os funcionários presos, entre outros, são acusados de serem sócios da empresa.

Os funcionários detidos, Victor Hugo, Sabrina e Arthur Lima, assim como Antônio Ais e sua esposa, Fabrícia Ais, encontram-se listados em uma difusão vermelha da Interpol, um aviso internacional para localização e detenção de pessoas. No entanto, o casal permanece foragido.

A ação que resultou na prisão foi resultado de um trabalho meticuloso da Polícia Federal de Foz do Iguaçu, que conseguiu rastrear a localização dos indivíduos. Com a difusão vermelha ativada, a prisão foi efetuada.

Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa de gestão de criptoativos situada em Campina Grande, Paraíba, e era gerenciada por Antônio Neto Ais. A empresa tornou-se alvo de operações da Polícia Federal após levantamentos sugerirem que ela estaria envolvida em crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.

Em 16 de fevereiro, a PF lançou a Operação HALVING com o objetivo de investigar estes crimes. Na ocasião, cerca de 15,3 milhões de reais em contas ligadas às pessoas sob investigação foram bloqueados. As ações estavam em Exchanges, plataformas onde ocorrem as negociações de criptomoedas.

Recentemente, a Justiça Federal atendeu a um pedido dos investigadores e decretou as prisões preventivas de Antônio Inácio Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, proprietários da empresa. O juiz Vinícius Costa Vidor também ordenou a inclusão do mandado de prisão na difusão vermelha da Interpol, tornando Antônio e Fabrícia foragidos procurados internacionalmente.

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