Hackers continuam usando mixers de criptomoedas apesar de sanções dos EUA
As sanções do governo dos EUA para o mixer de criptomoedas Tornado Cash pouco fizeram para impedir que grupos hackers usassem o serviço. Como esperado.
O mixer é usado para impedir o rastreamento de criptomoedas, dificultando a identificação de carteiras.
Hackers continuam usando mixers de criptomoedas
Dados da empresa de análise blockchain Elliptic demonstram que o grupo Lazarus, da Coreia do Norte, continua usando o Tornado Cash para lavar criptomoedas.
Quando o grupo comete um ataque, ele envia as criptomoedas roubadas para carteiras conhecidas das autoridades. Em seguida, para despistar o rastreamento, eles enviam esse dinheiro para mixers. Na prática, isso possibilita lavar o dinheiro.
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As sanções dos EUA no Tornado Cash começaram em 2022. Mas o Lazarus continuou usando a plataforma até 2023, quando a substituiu por alternativas. Nesse momento, de acordo com dados on-chain, o volume de uso do Tornado Cash caiu 85%.
Entretanto, o governo dos EUA continuou a caça aos mixers de criptomoedas, impondo novas sanções a alternativas como o Sinbad.io.
Isso, conforme a Elliptic, fez com que o grupo voltasse a usar o Tornado Cash. Provavelmente, a empresa aponta, isso ocorreu devido à falta de alternativas descentralizadas disponíveis.
Mixers descentralizados estão em alta
A Elliptic aponta que o Lazarus moveu cerca de US$ 13 milhões roubados da HTX. A transferência ocorreu através de cerca de 40 transações no Tornado Cash, que duraram 3 dias.
Ainda conforme a empresa, o retorno dos hackers de criptomoedas ao Tornado Cash demonstra a ineficácia das sanções para acabar com o uso do serviço.
Ela afirma que o fato de o Tornado Cash ser descentralizado impede seu fechamento permanente. Isso ocorre devido ao uso de contratos inteligentes em blockchains.
“A derrubada de mixers centralizados por agências legais está, talvez, empurrando a lavagem de criptomoedas de volta a alternativas descentralizadas”, disse o co-fundador da Elliptic, Tim Robinson.
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