Hacker vende dados de eleitores americanos na deep web e é pago com bitcoin

Conforme relatório da empresa de cibersegurança Trustwave, hacker vendeu um grande bando de dados confidenciais de 186 milhões de eleitores americanos. Na deep web, ele recebia pagamentos por bitcoin.

A investigação publicada pela empresa nesta quarta-feira (21), indica que criminosos compilaram arquivos roubados em ataques hacks com dados públicos de sites do governo. Dessa forma, construíram uma base de dados gigantesca com detalhes sobre os eleitores americanos.

O hacker que anunciava as vendas em fóruns da deep web se denominava “Greenmoon2019”. Os bancos de dados incluíam um nível chocante de detalhes sobre os cidadãos, como por exemplo sua filiação política.

Anúncio de venda na deep web de dados dos eleitores americanos. Fonte: Trustwave

Segundo a equipe que liderou a investigação, as informações vendidas podem ser usadas para conduzir golpes eficazes de engenharia social. Ou seja, espalhar desinformação para impactar a eleição americana.

Hacker fatura US$ 100 milhões com dados de eleitores americanos

A investigação conseguiu identificar o endereço da carteira de bitcoin usada pelo hacker e chegou a números surpreendentes.

Apenas nos últimos cinco meses, ele já tinha recebido o equivalente a US$ 100 milhões em bitcoins na sua carteira.

Além de ofertar informações detalhadas de 186 milhões de eleitores, o hacker também vendeu 245 milhões de registros de outros dados pessoais.

Hacker que vende dados de eleitores americanos recebeu US$ 100 mi em bitcoin
Hacker recebeu US$ 100 mi em bitcoin. Fonte: Trustwave

A venda de dados confidenciais não é um crime novo na Internet. No atual momento que isso acontece, entretanto, preocupa as autoridades conforme a eleição dos EUA se aproxima.

O vice-presidente de pesquisa de segurança Trustwave, Ziv Mador, relatou para a NBC News o perigo do uso criminoso desses dados.

“Nas mãos erradas, esses dados de eleitores e consumidores podem ser facilmente usados para campanhas de desinformação com segmentação geográfica nas redes sociais, phishing de e-mail e golpes de texto e telefone. […] antes, durante e depois da eleição, especialmente se os resultados forem contestados.”

EUA acusa Irã e Rússia de tentar interferir na eleição americana

Ainda nesta quarta-feira (21), o Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, John Ratcliffe, afirmou que Irã e Rússia tinham acesso a dados confidenciais dos eleitores americanos.

No mesmo dia em que a Trustwave comprovou que hackers vendiam dados de eleitores americanos na deep web, Ratcliffe acusou os países de usarem informações privadas para interferir nas eleições.

Segundo o diretor, o Irã fez envios de e-mails falsos para intimidar eleitores democratas e encorajava fraudar as votações.

Informações detalhadas contidas nos e-mails comprovam que quem fez o envio, tinham acesso a dados obtidos de forma ilegal. Por exemplo nomes, endereços de e-mail, números de telefone e registros de eleitores.

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