Hacker desvia R$ 648 mil do Banco do Brasil e usa parte para pagar impostos
Teve fim nesta segunda-feira (24) uma investigação que apurava desvio de R$ 648 mil de contas do Banco do Brasil no Distrito Federal. No entanto, o desfecho chama atenção pela destinação dos fundos. Segundo a Polícia, o homem responsável pelo golpe transferiu apenas parte do dinheiro para o próprio uso.
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do DF prendeu um homem que teria operado um esquema responsável por roubar clientes do Banco. O acusado foi preso na cidade de Camboriú, em Santa Catarina.
Segundo as autoridades, trata-se de mais um caso de phishing. Dois clientes do Banco no DF teriam acessado uma página falsa da instituição que servia de isca. Ao fazer o login por ali, o criminoso passava a se comunicar com os alvos por WhatsApp.
Elas começariam, então, a receber supostas mensagens de atendimento pedindo dados pessoais. Entre eles, estariam os códigos necessários para liberar o acesso do aplicativo do Banco. De posse da informação, o golpista poderia habilitar o app em outro celular e fazer operações na conta.
No entanto, chamou a atenção a destinação dos R$ 648 roubados. Segundo a polícia, parte foi enviada pelo aplicativo do banco para contas em outros estados. Porém, uma parcela foi usada para pagar impostos.
Casos como esse não ocorrem só com o Banco do Brasil
Golpes como esse são comuns no Brasil e estão longe de afetar apenas instituições tradicionais. No mundo das criptomoedas, também há diversos casos de phishing. A regra é utilizar o nome de empresas famosas.
A Mercado Bitcoin, por exemplo, tem a marca comumente associada a esse tipo de fraude. Um cliente afirma ter tido sua conta da exchange varrida em 5 minutos.
A empresa afirma que ele teria sido vítima de uma ataque de phishing e cedido as senhas de acesso sem saber. A Justiça, entretanto, condenou a corretora por afirmar que a relação de consumo faz a culpa recair pela prestadora do serviço.
Como se proteger
O especialista Roberto Gallo, conselheiro da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), recomenda não utilizar serviços com informações sensíveis por meio de Wi-Fi público.
Além disso, ele aconselha a manter o navegador sempre atualizado e sempre utilizar a autenticação de dois fatores. A medida é importante especialmente quando a plataforma tiver algum tipo de meio de pagamento cadastrado.
Ele ainda alerta para comunicações suspeitas.
“Nenhuma instituição financeira pede informações do cliente por e-mail. Também deve-se desconfiar de páginas de login hospedadas em domínios desconhecidos, além de promoções milagrosas que ofertam um preço muito abaixo do mercado”.
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