Hacker da Poly Network começa a devolver R$ 3 bilhões roubados

O hacker responsável pelo maior ataque da história a um protocolo DeFi teria começado a devolver os fundos roubados nas últimas horas.

O hacker começou com uma transferência de 1 milhão de USDC e desde então está tentando entrar em contato com a Poly Network para devolver o valor total.

Em uma troca de mensagem utilizando transferências na rede Ethereum, ele teria mencionado estar “preparado para devolver os fundos roubados” e estabelecido um canal de comunicação com a Poly Network.

“Não consegui entrar em contato com a Poly. Eu preciso de um portfólio multisig de vocês”, disse o hacker, mencionando que precisaria ter a certeza de que os endereços fornecidos seriam de fato pertecentes à equipe responsável pelo protocolo.

Após um chamado aberto e uma troca de mensagens entre as partes, a Poly Network informou os endereços de Ethereum, Binance Smart Chain e Polygon para os quais o hacker deveria enviar os fundos roubados.

Será possível ver ao vivo e a suposta devolução de valores nos seguintes endereços:

A iniciativa, no entanto, não parece um ato de boa fé, já que o hacker teria tido sua localização descoberta pela empresa de segurança Slowmist.

Na terça-feira (10), a Slowmist anunciou que havia obtido o IP e o e-mail do invasor quando ele descartou alguns dos valores roubados na desconhecida exchange Hoo. A empresa de segurança afirma que tinha já possuía informações prévias sobre o hacker, mas que outras plataformas de criptomoedas também ajudaram a localizar o hacker.

Hack da Poly Network

O hack da Poly Network, um protocolo cross-chain que permite mover fundos entre Ethereum, Binance Smart Chain e Polygon, veio à tona na manhã de terça-feira (10) e logo chamou atenção pela proporção: com US$ 611 milhões, o equivalente a mais de R$ 3 bilhões roubados, ele logo se tornou o maior ataque da história a um projeto DeFi.

A equipe por trás da Poly Network anunciou a ofensiva via Twitter e fez um apelo público aos validadores das redes e a exchanges, para que bloqueassem os endereços do hacker. Até agora os desenvolvedores não detalharam os meios pelos quais o atacante conseguiu ter acesso aos fundos depositados no protocolo.

Especialistas que se debruçaram sobre o código, no entanto, especulam que o hacker teria manipulado diversos contratos inteligentes para explorar uma falha na validação de chaves de administrador no processo de movimentação de ativos entre blockchains.

Na prática, o hacker teria conseguido enganar o smart contract ao fazê-lo reconhecer suas próprias chaves como as dos usuários privilegiados. A partir daí, teria bastado mover os fundos dos contratos de depósito para suas próprias carteiras da Ethereum, Binance Smart Chain e Polygon.

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