Grupo frauda internet banking do Santander, rouba R$ 35 milhões e compra Bitcoin
O Ministério Público investiga um grupo suspeito de fraudar os sistemas do banco Santander. Quadrilha teria desviado dinheiro das contas da produtora de aço Gerdau e comprado Bitcoin.
A operação Criptoshow do MP deflagrada na manhã desta quinta-feira (25) cumpre 13 mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Porto Alegre.
Os suspeitos comporiam uma quadrilha responsável por roubar o caixa da Gerdau. Segundo o Ministério Público, eles teriam realizado transferências fraudulentas contas da empresa no banco e na Bolsa de Valores.
Neste momento, as ações da Gerdau (GGBR4) negociadas na Bovespa caem 0,5% para R$ 15,66.
Fraude no Santander
Segundo apurou o UOL, o esquema envolveu a fraude no internet banking do Santander. A promotoria não detalha a técnica empregada. No entanto, afirma que o suspeito fez login em sua própria conta e realizou um TED com valores da conta da Gerdau.
O promotor Flávio Duarte explica que os sistemas do banco foram manipulados. Segundo ele, o truque fez com que uma pessoa transferisse valores operando sua própria conta, mas envolvesse apenas terceiros.
Seria como se uma conta bancária corporativa tivesse invadido outra conta similar para emitir ordem de débito ao banco em favor de terceiros.
Exchange e lavagem com Bitcoin
O dinheiro desviado foi enviado para contas no nome de seis empresas localizadas em Porto Alegre, São Paulo, Porto Velho e Cachoeirinha (RS). O incidente teria ocorrido em abril, quando o Santander tomou a iniciativa de provocar autoridades para abrir investigação.
O Ministério Público descobriu, então, que pelo menos R$ 18,15 milhões haviam sido encaminhados para uma exchange. A finalidade seria comprar Bitcoin para lavar o dinheiro desviado. No entanto, ainda não está descartado que todo o montante tenha sido convertido em criptomoeda.
Na cotação de hoje, o valor total desviado poderia comprar, por exemplo, mais de 708 BTC na Mercado Bitcoin. As autoridades, no entanto, não revelaram qual corretora de criptomoedas foi utilizada no golpe.
Segundo o MP, o suspeito de operar o desvio já teria também se envolvido com esquema de pirâmide financeira. Ele também já chegou a ser alvo de três ocorrências policiais em 2019 e em 2020 por ameaça e apropriação indébita.
O Ministério Público não revela os nomes dos investigados.
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