Grupo de k-pop BTS anuncia NFTs e fãs reclamam
A HYBE, empresa responsável pelo gerenciamento do BTS, anunciou parceria com a fintech Dunamu para a criação de coleções em NFT do grupo musical de k-pop.
Em evento transmitido nesta quinta-feira (4), o presidente da HYBE, Bang Si-Hyuk, revelou que a empresa responsável por administrar a carreira do grupo de k-pop BTS pretende explorar novas alternativas no mercado de tokens não fungíveis (NFT).
Para isso, a companhia realizou parceria com a Dunamu, fintech especializada na tecnologia blockchain.
“A HYBE e a Dunamu planejam desenvolver um negócio NFT sob uma nova joint venture, que permitirá ao artista conteúdo baseado em IP e produtos que a HYBE exibiu até agora para se tornarem ativos digitais para os fãs”, disse Bang durante o anúncio.
Além do BTS, a parceria possibilitara a criação de cards colecionáveis em NFT de integrantes de outros grupos musicais, como TXT e Enhypen. Segundo o presidente da HYBE, o foco das coleções estará inicialmente na criação de cards colecionáveis dos integrantes dos grupos musicais.
Além disso, Bang destacou que a tecnologia NFT seria capaz de inserir recursos únicos nos cards digitais do grupo de k-pop, como imagens em movimento ou áudios dos grupos musicais.
No entanto, não foram revelados quando essas coleções estarão disponíveis, seus respectivos preços e em qual rede blockchain os tokens não fungíveis serão criados – questão que gerou polêmica entre os fãs do BTS.
Fãs reclamam da iniciativa
O mercado NFT tem tido grande sucesso nos últimos meses em diversos segmentos, incluindo o da música. No entanto, a recente decisão da HYBE não parece ter agradado os fãs do BTS. No Twitter, diversos seguidores do grupo criticaram a decisão da empresa, chamando a nova iniciativa de algo desrespeitoso e até mesmo hipócrita.
Isso se deve pelo impacto ambiental que a criação de tokens não fungíveis pode causar. Vale destacar que o grupo BTS sempre se manifestou a favor de iniciativas ecológicas e da preservação do meio ambiente.
Em resposta ao anúncio, um usuário do Twitter comentou “Não posso apoiar nada que tenha a ver com NFT. Não envolva o BTS nessas coisas”. Já outro seguidor do grupo destacou que a decisão da HYBE de criar NFT vai contra todas as campanhas ambientes que o grupo de k-pop atua como embaixador.
NFT pode se tornar sustentável no futuro próximo?
NFTs não são a única modalidade do mundo cripto a não ser vista com bons olhos pelos defensores de causas ambientais. Diversas criptomoedas, em especial o Bitcoin (BTC), também são taxadas como inimigas da natureza, devido ao alto consumo de energia gasto em seu processo de mineração e manutenção de rede.
Vale destacar que os impactos ambientes causados pelo BTC foram o principal motivo usado por Elon Musk para justificar a decisão da Tesla de recusar pagamentos na criptomoeda. Além disso, diversos países, sendo o mais notável a China, começaram a restringir atividades envolvendo criptomoedas alegando que esses ativos seriam prejudiciais ao meio ambiente.
No entanto, diversas iniciativas estão sendo feitas para solucionar esse problema, buscando deixar o mercado cripto mais sustentável. Vale destacar que a rede Ethereum (ETH), onde grande parte dos NFTs são criados, está mudando de um método de consenso de prova de trabalho (PoW) para prova de participação (PoS), tornando-a mais ecologicamente correta.
Esse método já é usado em outras blockchains que podem criar tokens não fungíveis, como a Solana (SOL), Tezos (XTZ) e Cardano (ADA).
Já no mercado brasileiro, a blockchain Hathor tem se mostrado uma boa solução para criação de obras em NFT com baixo impacto ambiental. O youtuber Felipe Neto, que também defende causas ambientes, usou a rede para lançar sua própria coleção neste formato.
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