Governo brasileiro investe R$ 330 mil em estudo de blockchain para CPFL
O governo brasileiro vai destinar R$ 330 mil para um estudo que vai direcionar a aplicação da tecnologia blockchain no setor elétrico nacional. A informação consta na edição desta sexta-feira (24) do Diário Oficial da União (DOU).
O contrato firmado envolve a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e a FEESC (Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina). Sua vigência é 14 meses e vai de abril deste ano ao final de junho de 2021, no valor total de R$ 330.474,26.
As entidades ficam responsáveis pela execução do projeto “Estudo e Metodologia para Análise e Avaliação Técnico-Científica no Uso da Tecnologia Blockchain no Setor Elétrico”.
O contrato consta no portal da UFSC, mas não há acesso ao seu conteúdo. Porém, é possível visualizar no sistema da universidade que o projeto tramita internamente pelo menos desde novembro de 2019.
Copel e CPFL
O caráter de transparência possibilitado pela redes em blockchain têm chamado a atenção de setores diversos da economia e de gestão, tanto pública quanto privada.
No caso do setor elétrico, a tecnologia que dá suporte ao bitcoin é vista como elemento que deve dar mais dinamismo a contratos e permitir novas formas de distribuição.
Entre tais inovações estão a comercialização de energia de geração distribuída P2P (ponto a ponto), entre consumidores e produtores; e a de certificado de origem, na qual é possível rastrear se determinada energia procede ou não de uma fonte renovável.
No Brasil, especificamente no estado do Paraná, já está em curso uma ação entre a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Fundação CPQD para criação de um marketplace para compra e venda de energia baseado em blockchain.
A CPFL opera em quatro estados brasileiros (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais) em uma área que abrange cerca de 22 minhões de pessoas.
Olho na blockchain
Também nesta sexta-feira saiu no Diário Oficial da União o aviso de licitação para contratação de uma empresa especializada em Blockchain pela Presidência da República. A entidade escolhida vai fornecer ao governo uma solução para a criação e governança de uma rede compartilhada.
De acordo com a publicação, o sistema criado pela empresa contratada deve possibilitar o desenvolvimento de ecossistemas que tragam controle, transparência, confiabilidade e auditabilidade de processos.
Além dos anúncios desta desta no Diário Oficial, há investimentos anteriores recentes do governo na capacitação e fomento de atividades que visam o emprego do blockchain na gestão pública.
No começo de abril, o Banco Central também anunciou a criação de uma plataforma em blockchain, a Pier, compartilhada com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). O objetivo é de facilitar o intercâmbio de informações entre as três instituições e agilizar os processos de autorização do sistema financeiro.
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