Governo de Minas pode usar blockchain em projeto de energia solar
Empresas de criptomoedas e produtores de energia solar em Minas Gerais estudam parceria para uso de blockchain e possivelmente tokenização de ativos de energia
O Governo do Estado de Minas Gerais estaria estudando o uso de blockchain e até de tokenização para alavancar o potencial energético do estado.
Segundo informações obtidas pelo Cointelegraph recentemente empresários do setor de criptoativos estiveram com representantes do estado em visita a diversas usinas de energia solar.
As conversas ainda estariam em estágio inicial mas a proposta é alavancar a produção fotovoltaica do estado com blockchain e, possivelmente, com aval de reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários, CVM, a tokenização de ativos energéticos.
A ideia é elaborar uma proposta de desenvolvimento e ‘encaixar’ dentro do projeto Projeto Sol de Minas faz parte do planejamento estratégico do Governo de Minas Gerais, cujo objetivo principal é alavancar o protagonismo do estado no setor de energia fotovoltaica.
Portanto, a iniciativa visa a diversificação da matriz energética a partir do aumento de projetos de geração de energia fotovoltaica juntamente com a implantação de empresas fornecedoras de bens e serviços para esse setor.
“Ainda não há nada fechado mas há intenção de ambas as partes de promover o desenvolvimento da geração e distribuição de energia solar na região. Será preciso alinhar os objetivos e o modelo de negócio, mas há um potencial muito grande para o Estado em se ‘unir’ a tecnologia blockchain “, disse uma das fontes que participou da reunião.
Marketplace de energia com blockchain
Uma parceria inédita entre a ANEEL, o CPQD e a Copel Distribuição, anunciada em 2019 vem desenvolvendo um sistema de compra e venda de energia no Brasil usando a tecnologia blockchain.
O objetivo é criar um novo ambiente virtual para a comercialização direta de energia elétrica entre consumidores e prosumidores (que produzem sua própria energia), no ambiente de geração distribuída (GD).
O projeto é conduzido pela Copel Distribuição, concessionária de energia que atua principalmente no estado do Paraná, para o qual o CPQD está desenvolvendo uma solução baseada em Blockchain destinada a viabilizar a implantação de um marketplace descentralizado para transações desse tipo.
Iniciado em agosto de 2019 o projeto conta com recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e tem duração prevista de 21 meses
O uso da tecnologia Blockchain permitirá a comercialização de energia elétrica no marketplace de forma segura, rápida e sem intermediários, entre consumidores e prosumidores (residenciais, comerciais, industriais, etc.) que não se conhecem.
“Trata-se de uma nova relação comercial que tecnologias disruptivas como o Blockchain tornam possível. Nesse caso, os prosumidores passam a dispor de opções economicamente mais atrativas para remunerar o excedente de energia injetada no sistema de distribuição, o que tende a impulsionar a expansão da GD”, explica Frank Toshioka, gerente do projeto por parte da Copel Distribuição.
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