Cantor gospel envolvido no golpe da Kriptacoin é indiciado por dar calote em grifes de luxo

André Luís dos Santos Pereira foi denunciado à Polícia Civil por funcionários de lojas de grife que foram vítimas de golpes que somam R$ 340 mil.

O cantor e blogueiro gospel André Luís dos Santos Pereira e dois comparsas foram indiciados pela Polícia Civil do Distrito Federal por aplicação de golpes em grifes de luxo que somam aproximadamente R$ 340 mil, informou reportagem do jornal Extra .

O cantor também esteve envolvido no esquema de pirâmide financeira baseado na Kriptacoin, uma criptomoeda falsa que vitimou 40.000 pessoas e movimentou R$ 250 milhões em 2017, e foi desvendado pela “Operação Patrick”, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal. 

Depois disso, Santos Pereira foi condenado a 3 anos e 5 meses de prisão em regime semi-aberto por ser integrantes da “Máfia dos Concursos”. Além da pena, na ocasião, ele foi sentenciado a pagar uma multa de R$ 1 milhão por danos morais coletivos. O cantor trabalhava como aliciador, buscando pessoas dispostas a pagar pela aprovação ilícita em concursos públicos.

Agora, o cantor volta ao noticiário policial após ser denunciado por funcionários de lojas da Gucci e da Prada na capital federal, que procuraram a 5ª DP (Área Central) após terem sido vítimas de golpes aplicados pelo trio.

A tática usada pelos suspeitos era a de solicitar atendimento VIP às grifes, no qual os vendedores levam os itens até um endereço indicado pelo comprador. De acordo com a investigação, os suspeitos utilizavam escritórios localizados na Área Central de Brasília.

Após escolherem itens de vestuário diversos, como ternos, camisas, calças, sapatos e cintos, eles simulavam transferências bancárias nunca realizadas de fato e apresentavam comprovantes falsos para concluir as compras.

Os golpes teriam sido aplicados em 6 e 8 de setembro, com duas compras nos valores de R$ 151.300,00 e de R$ 124.300,00. O funcionário de uma terceira loja foi ouvido e relatou ter sido vítima do trio em um golpe da mesma natureza, cujos produtos adquiridos de forma ilícita somariam R$ 72.000,00.

Gleyson Mascarenhas, delegado responsável pela investigação, informou à reportagem do Extra que até ontém não haviam sido decretados mandados de prisão contra os suspeitos.

Kriptacoin

Pereira Santos contribuiu para a divulgação da Kriptacoin, um esquema de pirâmide financeira que começou a ser articulado no final de 2016, embora não estivesse diretamente envolvido na organização criminosa que criou e aplicou o golpe. 

Aos investidores da Kriptacoin eram prometidos altos rendimentos – no mínimo 1% ao dia, porém o resgate das aplicações só poderiam ser feitos após um ano.

Para conferir credibilidade à criptomoeda, os criminosos faziam anúncios na internet e até na televisão, além de utilizar a imagem de personalidades como Pereira Santos.

Quanto mais pessoas os investidores fossem capaz de atrair para o negócio, maior a promessa de ganhos. Chegou-se a prometer bônus de 10% por pessoa cooptada. Assim, em teoria, o lucro cresceria proporcionalmente à quantidade de dinheiro investido, mas tudo não passava de um golpe.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil na época, os líderes da Kriptacoin teriam se envolvido em outros esquemas de pirâmide financeira mesmo depois de condenados no âmbito da “Operação Patrick”. 

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