Ex analista da Goldman Sachs: “Pior crise de insolvência da história está chegando”
A pandemia causada pelo coronavírus tem se mostrado um evento marcante e que com certeza vai continuar impactando diferentes setores. Existe uma grande preocupação econômica em meio à situação e Raoul Pal, um famoso ex-gerente da Goldman Sachs, afirmou que estamos prestes passar pelo “maior evento de insolvência da história”.
Curiosamente, uma das maneiras que Raoul escolheu para proteger o seu dinheiro foi ter alterado 25% do seu portifólio para o Bitcoin.
De acordo com a Forbes, Raoul acredita que a crise do coronavírus vai durar ainda mais e causar um problema de insolvência amplo e devastador. Em sua participação no podcast Lindzanity, Raoul afirmou:
“Eu acredito que o balanço das probabilidades é que esse é um evento muito maior – em termos de impacto econômico – do que as pessoas estão acreditando. Eu acredito que há uma grande mudança vindo disso.”
Raoul Pal é um respeitado membro do setor financeiro, além de ter tido um grande período na Goldman Sachs, ele também é chefe de pesquisa na Global Macro Investor e fundador da plataforma de mídia com foco em finanças e negócios Real Vision Group.
O aumento da crise
O atual sistema está em risco de colapso por causa da recente pandemia. Ainda de acordo com a Forbes, os EUA estimam que a taxa de desemprego pode chegar a 32% nos próximos três meses, com mais e 47 milhões de americanos perdendo seus empregos. A estimativas são da Reserva Federal dos EUA (Fed).
Pal também acredita que isso vai mudar consideravelmente como as atuais e próximas gerações enxergam o setor financeiro.
“Essa será uma mudança geracional…Isso fará com que as gerações mais novas enxerguem tudo diferente para sempre. Eles irão olhar com suspeita para o sistema de aposentadoria, que vai falhar. Eles vão olhar para o mercado de securities e pensar ‘isso não é para mim’. Eles vão ter mais opiniões diferentes sobre riscos e poupança do que as gerações anteriores.”
O especialista acredita que estamos vivendo em um momento catalizador dessa mudança generalizada e isso pode levar a uma mudança no paradigma geral na parte econômica, o que já vinha acontecendo em passos menos acelerados.
Pode ser que, ao observar a falha do sistema financeiro tradicional, as próximas gerações apostem em outros ativos.
O Bitcoin como reserva de valor?
A maior criptomoeda do mundo claramente falhou como reserva de valor no começo da crise. Isso porque o preço despencou quase 50% em pouco tempo, quando a pandemia começou a atingir níveis alarmantes.
No entanto, o ativo digital vem fortalecendo a sua posição dentro da crise e nas últimas semanas vem recuperando o seu valor. Aos poucos o Bitcoin pode estar se mostrando uma forma importante de enfrentar as crises e pode estar no centro dessa mudança geracional proposta por Pal, auxiliando contra a crise de insolvência proposta.
Não é à toa que ele está apostando boa parte do seu portfólio no Bitcoin.
“Do dinheiro líquido que eu tenho disponível…a minha alocação que vou manter para os próximos 12 meses, talvez mais tempo, é 25% Bitcoin, 25% ouro, 25% dinheiro e 25% oportunidades de negociação.”
Durante o momento da escrita dessa matéria o Bitcoin estava em um momento de valorização, apresentando uma alta de mais de 5% nas últimas 24h e se mantendo acima do nível de US$7.100, a mais recente resistência quebrada pela moeda.
Saiba mais em Ex analista da Goldman Sachs: “Pior crise de insolvência da história está chegando”