Gol, TAM e Azul deve usar passaporte em blockchain para certificação de testes de Covid-19

A International Air Transport Association (IATA), que reúne cerca de 300 companhias aéreas de todo o mundo, inclusive as brasileiras, anunciou que sua plataforma de DLT, chamada Travel Pass, está operacional e portanto disponível para seus integrantes

As maiores companhias de aviação do Brasil, Gol, Tam e Azul, podem, em breve, usar uma plataforma em blockchain para certificação de passageiros visando prevenir a disseminação do coronavírus.

Isso ocorre porque a International Air Transport Association (IATA), que reúne cerca de 300 companhias aéreas de todo o mundo, inclusive as brasileiras, anunciou que sua plataforma de DLT, chamada Travel Pass, está operacional e portanto disponível para seus integrantes.

Assim, segundo a IATA, a Travel Pass armazena digitalmente as informações de saúde de cada passageiro, facilitando a verificação dos dados no momento do embarque, incluindo testes do coronavírus, requisitados por muitos países na hora do embarque e vacinas .

De acordo com um comunicado oficial, da organização destaca que embora os dados sejam gerenciados por cada usuário, a plataforma se conecta a agências governamentais e centros de saúde que emitem testes para detectar COVID-19, garantindo a autenticidade da informação.

Blockchain

Alan Murray Hayde, chefe de produtos de segurança da IATA, explicou que a plataforma é composta por quatro componentes independentes que interagem entre si. 

No primeiro módulo os passageiros podem consultar quais são os requisitos obrigatórios, com relação ao Covid-19, exigidos por um país ou território.

Com estas informações o passageiro pode depois consultar os centros habilitados em seu país que atendem os requisitos estabelecidos em seus países ou cidades de destino. Na terceira parte, uma vez selecionado o local para a realização dos testes, os dados são enviados à plataforma habilitando o certificado de vacinação ou resultado de teste realizado.

Desta forma, no último módulo o passageiro pode emitir um passaporte digital comprovando estar apto as regras daquele território.

“Assim que o passageiro tiver uma versão digital do passaporte no telefone, ele irá ao laboratório e fará a leitura de um código QR, que cria um link entre os dados do passaporte e o laboratório, para verificar a identidade da pessoa”, afirmou Murray Hayden.

Primeiros usuários

Como mostrou o Cointelegraph, quatro grandes companhias aéreas se inscreveram no programa até agora: Singapore Airlines e British Airways planejam iniciar a primeira fase de testes já em fevereiro, enquanto a Etihad e a Emirates atualmente prevêem uma data de lançamento em abril.

“Essa é a beleza da tecnologia que estamos usando; ela coloca o passageiro em total controle de seus dados. Não há banco de dados central e ninguém pode hackea-lo. O passageiro possui seus dados e os compartilha com a companhia aérea. É tão poderoso e provavelmente é um dos primeiros exemplos da tecnologia blockchain sendo implementada de uma forma que beneficia as pessoas”, afirmou Hayden.

Ainda segundo Hayden com a companhia aérea agora tem todos os detalhes do passageiro e eles têm 100% de certeza de que o passageiro está bem para voar.

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