Gestora de fundo cripto Hashdex alerta para risco do Bitcoin em carta

Hashdex relembra que investidor deve estar preparado para eventuais quedas bruscas de preço do Bitcoin e dá dicas para se proteger.

A gestora de fundos de criptoativos Hashdex divulgou uma carta a investidores alertando para os riscos envolvidos no mercado. A empresa aponta um crescimento no número de cotistas e de aportes nos fundos que comercializa em meio ao rali que já leva o Bitcoin para além dos US$ 40.000.

Segundo a gestora, seus fundos já somam 20 mil cotistas. Em carta extraordinária divulgada logo após os resultados de 2020, a Hashdex pede cautela a esses investidores, atentando principalmente para a questão da volatilidade. O texto relembra, por exemplo, o mergulho que ocorreu em março.

Hoje, felizmente, vivemos uma situação diametralmente oposta à de dez meses atrás, com um forte bull market dos criptoativos. Ainda assim, acreditamos ser fundamental reiterar os nossos princípios. Isso porque, em situações extremas, seja com o mercado em queda ou em alta, é natural agirmos por impulso e esse comportamento pode ser bastante deletério.

A Hashdex menciona que o recuo do Bitcoin em que ocorreu há poucos dias como amostra do que pode ocorrer. Apesar de se manter otimista no longo prazo, a empresa ressalta que o caminho até lá requer atenção para o gerenciamento de risco.

Em nota encaminhada ao BeInCrypto, a Hashdex explica que a cobertura da mídia sobre a adoção do Bitcoin por investidores institucionais, a entrada do Paypal e avanços regulatórios ajudam a atrair a atenção para o setor.

A alta recente do Bitcoin chama a atenção de investidores que nunca tinham tido contato com o ativo e agora querem entender mais sobre o assunto. Entendemos esse momento como uma oportunidade de educar investidores sobre essa nova classe de ativos para que façam uma alocação compatível com seu portfólio, perfil de risco e objetivos financeiros.

Hashdex recomenda menos de 10% em cripto

Na carta a investidores, a empresa ressalta a importância de alocar apenas um dígito do portfólio em criptomoedas. Dessa maneira, o investidor não teria receio de manter a posição mesmo em uma eventual queda brusca de preços.

Além do tamanho da alocação, a gestora recomenda rebalancear o portfólio com maior frequência, mas sem ceder à tentação dos trades de curto prazo.

Por mais que sejam tentadoras as oportunidade de buscar lucros rápidos nos momentos em que o mercado sobe tão aceleradamente, acertar o timing é extremamente difícil. Nossa recomendação é que os investimentos em criptoativos sejam feitos com horizontes de tempo de anos.

Fundos de criptomoedas ainda são “curiosidade” no Brasil

Os fundos de criptomoedas atingiram até 343% de rentabilidade em 2020. Caso do Voyager, da Hashdex, que entregou retornos de 343,4% no ano. Ele foi seguido do BLP Crypto Assets FIM, da BLP Asset, com rendimento de 342,99%.

Ainda assim, esse tipo de investimento ainda é visto como “curiosidade” no país. Por ora, fundos cripto ainda não conquistaram o grosso dos investidores tradicionais. Para Alexandre Vasarhelyi, da BLP, isso só irá mudar quando grandes bancos passarem a oferecer fundos cripto em seu portfólio de investimentos para clientes.

Precisamos ter fundos Crypto no Itau, CS (Credit Suisse) e Bradesco, enquanto isso não acontecer continuaremos como curiosidade.

Já para a Hashdex, a redução da volatilidade do Bitcoin deve ajudar a atrair o público mais amplo.

O ativo ainda é muito volátil, o que afasta alguns perfis de investidor. A tendência é que com o amadurecimento do ecossistema essa volatilidade diminua. O que facilita a entrada de ainda mais investidores.

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