Gestora de recursos do Rio de Janeiro emite primeiros títulos de dívida em blockchain do Brasil
A gestora de recursos carioca Piemonte realizou a primeira emissão de títulos de dívida em blockchain do Brasil na última segunda-feira, 16 de dezembro.
A gestora de recursos carioca Piemonte realizou a primeira emissão de títulos de dívida em blockchain do Brasil na última segunda-feira, 16 de dezembro. A notícia é do jornal Folha de S. Paulo.
A primeira negociação com debênture (título de dívida) em blockchain “pode abrir caminho para o uso da tecnologia de registro distribuído para captação de recursos no mercado de capitais”, diz a matéria.
O projeto foi feito em parceria com a fintech dos Estados Unidos Horizon Globex, que seria a primeira a fazer uma emissão privada de ações em blockchain.
O presidente da Piemonte, Alessandro Lombardi, diz na matéria que a gestora adaptou a tecnologia à regulação brasileira, conseguindo aplicá-a para a emissão da dívida:
“Foi o início de um caminho. Mas no futuro, com uma regulação por parte do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), esse pode ser excelente instrumento para as empresas se financiarem por meio do mercado de capitais”
A dívida foi emitida pela Piemonte e subscrita em ambiente fechado, com R$ 66 milhões distribuídos em 440 títulos de R$ 150 mil “a cada cinco investidores qualificados, portanto sem esforço de colocação no mercado”.
A matéria lembra também que o Banco Mundial emitiu recentemente 110 milhões de dólares australianos (R$ 306,7 milhões) para investidores do país oceânico; o banco espanhol Santander também emitiu US$ 20 milhões em blockchain em setembro; assim como o banco francês Société Générale emitiu €100 milhões.
Além disso, a adoção de blockchain contrasta com a reação de reguladores ao setor das criptomoedas. Diz a matéria:
“Diferentes das moedas virtuais, que têm provocado forte reação de reguladores bancários e de mercado ao redor do mundo, o blockchain vem sendo gradualmente implementado por instituições financeiras e por uma série de grandes companhias devido ao potencial de dar maior transparência e de reduzir custos.”
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