Credores da Genesis abrem processo de valores mobiliários contra Barry Silbert e DCG
Em meio à Genesis passando por suas primeiras audiências de falência, um grupo de credores impôs à empresa uma nova ação coletiva.
A problemática empresa de criptomoedas Digital Currency Group (DCG) está enfrentando mais questões legais, já que sua subsidiária Genesis Capital foi atingida por uma nova ação coletiva.
Um grupo de credores da Genesis entrou com uma ação coletiva de valores mobiliários (SCA) contra o DCG e seu fundador e CEO Barry Silbert, alegando violações das leis federais de valores mobiliários.
A ação foi movida pelo escritório de advocacia Silver Golub & Teitell (SGT), com sede em Connecticut, em nome de indivíduos e entidades que firmaram contratos de empréstimo de ativos digitais com a Genesis. O escritório de advocacia é conhecido por lidar com os principais processos do setor, incluindo uma ação coletiva movida contra a Coinbase em março de 2022.
A nova queixa contra DCG e Silbert alega que a Genesis se envolveu em uma oferta de valores mobiliários não registrada em violação das leis de valores mobiliários ao assinar contratos de empréstimo envolvendo valores mobiliários sem se qualificar para uma isenção de registro sob as leis federais de valores mobiliários.
O processo também alega que a Genesis cometeu fraude de valores mobiliários por meio de um esquema para fraudar potenciais credores de ativos digitais existentes, fazendo declarações falsas e enganosas. De acordo com os demandantes, a Genesis deturpou intencionalmente a condição financeira da Genesis, violando a seção 10(b) da Lei de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
“O esquema de fraude foi realizado, de acordo com a denúncia, a fim de induzir os potenciais credores de ativos digitais a emprestar ativos digitais para a Genesis Global Capital e impedir que os credores existentes resgatem seus ativos digitais”, observaram os advogados da SGT.
Fundado em 2015, o DCG é uma empresa cripto com sede em Connecticut que atua como controladora de vários ativos digitais e subsidiárias focadas em blockchain, incluindo a Genesis, a gestora de ativos digitais Grayscale Investments, a empresa de mineração cripto Foundry e a empresa de mídia cripto Coindesk. O atual CEO do DCG, Silbert, mantém uma participação acionária controladora de 40% na empresa e também atua como presidente de seu conselho de administração.
A notícia chega em meio a Genesis passando por suas primeiras audiências de falência em 23 de janeiro, depois que a empresa pediu concordata em 19 de janeiro. O pedido de falência veio alguns meses depois de a Genesis interromper os saques em 16 de novembro enquanto se tornou incapaz de honrar os pedidos de resgate no mercado de criptomoedas em baixa.
A Gemini, uma plataforma de negociação cripto fundada pelos irmãos Winklevoss, é um dos maiores credores da Genesis, com a empresa supostamente devendo US$ 900 milhões aos clientes da Gemini. Em 20 de janeiro, o cofundador da Gemini, Cameron Winklevoss, foi ao Twitter para declarar que a empresa está se preparando para tomar medidas legais diretas contra DCG, Silbert e “outros que compartilham a responsabilidade pela fraude”.
Parece não estar claro se a Gemini faz parte do processo movido pela SGT. O escritório de advocacia não respondeu imediatamente ao pedido do Cointelegraph para comentar.
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