Futuros de Bitcoin seguem prejudicados pela crise
Enquanto o preço do Bitcoin segue estável na faixa de U$ 5 mil, um mercado ligado a moeda não tem mostrado bom desempenho. Neste caso, os chamados futuros de Bitcoin, negociados em corretoras, seguem afetados pela crise financeira mundial.
As principais corretoras a trabalhar com essa modalidade de trades são a CME e a Bakkt. Ambas as plataformas certamente possuem força junto a instituições tradicionais, que não tem sido vista no mercado de criptomoedas.
O mercado de futuros é uma modalidade de trade diferente do mercado a vista. Isso porque, com operações no mercado de futuros, é especulado um preço que um ativo terá no futuro.
Futuros de Bitcoin deixam de ser interessante na medida em que crise acirra medo aos investidores
De fato o Bitcoin passou por alguns momentos delicados em seus preços nos últimos dias. A criptomoeda perdeu um valor considerável nas corretoras, sendo o auge da queda no dia 12 de março.
Ainda que o Bitcoin tenha recuperado parte de seu valor, ainda perde 33% nos últimos sete dias. O mercado financeiro global está em aversão a risco, logo, ativos que possuem características duvidosas são evitados.
Um dos mercados que perdeu enorme fôlego com a crise atual é o de futuros de Bitcoin. De acordo com o portal Coindesk, a Chicago Mercantile Exchange (CME) registrou na última terça (17) um dos seus piores dias. Na data, foram negociados apenas três contratos futuros de 15 Bitcoins, valendo em torno de U$ 85 mil.
O recorde mínimo de trades na CME era de janeiro, quando em um dia foram negociados U$ 120 mil. Ou seja, no mês de março, após uma venda massiva no mercado a vista de moedas digitais, o mercado futuro também passa por um período delicado.
Bakkt não tem volume de negociações com Bitcoin há semanas
A esperança de alguns entusiastas de Bitcoin no passado, a Bakkt também não tem saído bem dessa crise. A plataforma já sente saudade dos traders de Bitcoin, que há semanas não visitam o local.
Fica claro que o mercado de futuros, considerado promissor por alguns, não tem atraído interesse dos traders. Desde janeiro de 2020, por exemplo, a Bakkt negociou alguns contratos em apenas quatro dias.
O que mais chama atenção de fato é que os contratos futuros são considerados instrumentos de hedge. Ao se negociar a opção de vender ou comprar um ativo em determinada data, por determinado preço, diminui-se a tensão de prejuízos.
Isso é importante para mineradores, por exemplo, que podem prever o quanto negociarão as moedas geradas. A volatilidade do Bitcoin em 2020 está muito alta, acima de 130% no ano, de acordo com o índice da BitMEX.
Maior bolsa de opções em Bitcoin do mundo também sofre com falta de volume
A reportagem do Coindesk também analisou os dados da maior bolsa de negociações de contratos futuros de Bitcoin do mundo neste período de crise. Aquela que possui maior volume é a Deribit.
A Deribit viu um baixo volume no início de março, contudo, no decorrer do mês voltou ao normal. Após o dia 12, principalmente a partir do dia 17, o volume voltou a cair na corretora de futuros.
A BitMEX tem sido acusada como a responsável pela queda dos preços do Bitcoin nos últimos dias. Isso porque, a corretora passou por um ataque DDoS no dia 12, que afetou suas negociações e fizeram o preço do bitcoin despencar brutalmente. Nesta semana os preços do Bitcoin tem voltado a subir, mas lateralizando em torno de U$ 5 mil.
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