Fundo famoso do Vale do Silício vai investir US$ 600 milhões em cripto

Uma das maiores empresas de venture capital no Vale do Silício, a Sequoia Capital, planeja um fundo que vai investir até 600 milhões de dólares (3,07 bilhões de reais) no mercado cripto. O novo fundo deve investir diretamente em criptoativos, e não em empresas do setor como acontece com a maioria dos fundos deste tipo.

“A área de cripto em que temos mais oportunidades para melhorar é nos ativos líquidos”, disse Shaun Maguire, sócio da Sequoia ao Financial Times. “Nossos fundadores nos pedem por ajuda nessa área, e nós simplesmente não conseguimos entregar no modelo tradicional de venture capital”, completou.

Os investimentos serão abrangentes, incluindo protocolos de primeira e segunda camadas, DeFi, aplicações centralizadas, pagamentos, games, Web3, NFTs e infraestrutura para o consumidor e para outros negócios, afirmou Michelle Bailhe, também sócia da Sequoia, ao Coindesk.

A Sequoia, que atua no Brasil desde 2015, não é nova no mercado de criptoativos. Segundo Maguire, “as pessoas na Sequoia estão envolvidas com cripto há bastante tempo”, mas foi no ano passado que isso virou um dos focos da empresa como um todo.

“Queríamos ter um equilíbrio, no qual podemos nos mover rapidamente e nos tornarmos experts em criptomoedas, mas ao mesmo tempo em que fazemos questão de que esses aprendizados são compartilhados por toda a empresa”, disse Maguire à publicação norte-americana.

O anúncio é interessante, principalmente porque firmas de venture capital (VC) geralmente focam seus esforços e fundos em startups ou empresas em estágios iniciais. O investimento direto em criptomoedas pode ser resultado de uma pressão ainda maior do setor institucional para a adoção de ativos digitais no portfólio dessas empresas.

Esse adoção já caminha a passos largos no mundo. Recentemente o UBS, maior banco privado do mundo, começou a procura por um gestor para um fundo de fundos focado inteiramente no setor. Grandes empresas listadas em bolsa, como Tesla, Mercado Livre e MicroStrategy também já têm bitcoin em seus balanços patrimoniais.

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