Do Real Digital ao Google Clould: Polygon avança em parcerias que podem favorecer alta do MATIC no longo prazo

Altcoin da blockchain de camada 2 pode tirar vantagem com a entrada de gigantes tecnológicas e da CBDC brasileira em seu ecossistema.

Negociado em queda nesta quinta-feira (27) ao ser trocado de mãos por US$ 1 (-2,90%), o MATIC não conseguia recuperar a totalidade da queda da última semana, quando a altcoin da blockchain de camada 2 Polygon sofreu a pressão de um flash crash que derrubou em quase 7% o benchmark do mercado cripto, o Bitcoin (BTC). 

O movimento corretivo foi atribuído principalmente a uma suposta ameaça de derramamento de BTCs custodiados pelo governo dos EUA, originados da extinta exchange de criptomoedas japonesa Mt. Gox, informação que teria sido divulgada pela empresa de análise de blockchain Arkham Intelligence, que negou o episódio.

Por outro lado, o MATIC faz parte de um seleto grupo de altcoins atrativas a alguns investidores de criptomoedas, que parecem não se importar com o vaivém de preços no curto prazo, inerente à instabilidade do mercado financeiro tradicional que resvala no ecossistema cripto, além das questões internas que afetam os preços, como o “fantasma da Mt. Gox.”

Isso porque, alguns projetos dão sinais de que têm um vasto horizonte à frente apesar de, nem sempre, a evolução de hoje representar garantia de sucesso amanhã, tampouco a valorização dos tokens representativos desses projetos. Mas, para alguns investidores, o risco a pena.

No caso da rede Polygon, não faltam motivos para os entusiastas do MATIC. Por exemplo, a rede integra um grupo de 11 empresas de blockchain recém-incorporadas ao programa de inicialização Web3 do Gloogle Clould, segundo um anúncio feito esta semana pelo conglomerado de tecnologia Alphabet, que controla a empresa. Além da Polygon, o programa Web3 incorporou empresas como Alchemy, Aptos, Base, Celo, Flow, Hedera, Nansen, Near, Solana e Thirdweb.

O anúncio foi feito no último dia 25, quando a empresa de análise Nansen também confirmou uma parceria com o Google Cloud para fornecimento de dados blockchain em tempo real para as startups parceiras do programa, o que representa um banco de dados de 250 milhões de carteiras. 

A Polygon também está no radar de uma proposta feita esta semana no LIFTY Day 2023, evento organizado pelo Banco Central com a participação de empresas focadas no ecossistema do Real Digital. No caso a criação de uma ponte entre a CBDC (moeda digital emitida por banco central) brasileira e as finanças descentralizadas (DeFi) por meio da utilização da Polygon e do protocolo de empréstimos AAVE, proposta apresentada pela custodiante israelense Fireblocks. 

No rol do avanço da Polygon, que se tornou a segunda maior blockchain de jogos recentemente, também está a adição da rede à cunhagem de tokens não fungíveis (NFTs) pelo marketplace Binance NFT, anunciada no começo de março, entre outras parcerias.  

De olho no crescimento da rede, a Polygon lançou no final de março sua própria versão para a Máquina Virtual Ethereum (EVM), no caso o zkEVM, que promete aos desenvolvedores a implantação de contratos inteligentes com maior finalidade e custos mais baixos, conforme noticiou o Cointelegraph.  

LEIA MAIS:

Você pode gostar...