Mercado Bitcoin prepara internacionalização e quer seguir caminho do Nubank e XP
Exchange brasileira quer seguir o caminho do Nubank e da XP, já que no Brasil a Mercado Bitcoin é detentora de 30% do mercado cripto nacional.
Detentora de 30% do mercado brasileiro de criptomoedas, cuja estimativa da Receita Federal é de R$ 130 bilhões em movimentação anual, a Mercado Bitcoin (MB) se prepara para seguir os passos do Nubank e da XP em processo de internacionalização e “conquistar o mundo”. Pelo menos este é o anseio do CEO da maior exchange de criptomoedas do país, Reinaldo Rabelo, de acordo com publicação da Forbes.
Um dos primeiros unicórnios brasileiros ao lado de 99, iFood, Ebanx e QuintoAndar, empresas que superaram US$ 1 bilhão em valor de mercado, a plataforma foi responsável por R$ 40 bilhões em negociações em 2021.
Fundada 2013 pelos irmãos Gustavo e Maurício Chamat, a empresa recebeu um aporte de US$ 200 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelos fundos GP Inova, Parallas e Sublimis em 2020. Em julho de 2021, a maior exchange de criptomoedas do Brasil, controlada pela 2TM, levantou mais US$ 200 milhões em uma rodada de investimentos Série B liderada pelo Softbank, elevando a avaliação da exchange para US$ 2,1 bilhões.
O número de usuários da plataforma, 3,4 milhões de pessoas, equivale a cerca de 80% do total de investidores de renda variável na B3, a Bolsa de Valores do Brasil.
Por outro lado, embora os números ajudem a compreender a comparação de Rabelo em relação ao Nubank e à XP, os desafios da MB também passam pela superação da desconfiança natural do brasileiro em relação às instituições financeiras novas no mercado.
Embora mais adeptos das criptomoedas do que franceses e ingleses, segundo dados de uma pesquisa recente da FGV, os brasileiros ainda são conservadores em relação às suas economias. O que ajudar a explicar por que 48% dos investidores nacionais não investem em criptomoedas alegando falta de conhecimento relacionado aos criptoativos à medida que as notícias se dividem entre investidores que ficaram milionários da noite para o dia e aqueles que perderam tudo em golpes de pirâmide, por exemplo.
Uma das apostas da Mercado Bitcoin para derrubar as barreiras remancentes é a democratização do acesso aos investimentos, que vai das mais de 40 criptomoedas em sua plataforma até os tokens não fungíveis (NFTs). A empresa hoje figura no Top 60 mundial da Forbes.
“Um dos nossos desafios é continuar a educar sobre criptoativos e entregar informações precisas para as pessoas tomarem a decisão de participar desse ecossistema”, explicou Reinaldo Rabelo.
Recentemente, a exchange anunciou uma parceria com a Bolt Energy para lançar um token lastreado em um contrato de comercialização de energia elétrica, que promete 15% de lucro mesmo que o Bitcoin caia para US$ 10 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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