Do 1G ao 5G um pouco da história da internet na telefonia celular
Internet em celulares não é uma novidade, confira um pouco da história desta tecnologia e de como o 5G pode ajudar a impulsionar o uso de blockchain
A tecnologia 5G começa a ganhar impulso no mundo em 2020, com mais de 138 milhões de conexões no segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados recentemente pela 5G Americas.
Na América Latina, no entanto, esta nova geração móvel está batendo recordes, já que é a mais veloz a chegar na região e a primeira incluída em planos governamentais como nos casos do Brasil, Colômbia e Chile, diferentemente de suas antecessoras.
É esperado que, para o final de 2020, a 5G na América Latina contará com 189 mil conexões.
O 5G também tem sido apontado como um grande propulsor para aplicações com Blockchain e Internet das Coisas (IoT) por conta de suas características de conectividade e integração entre dispositivos.
Especialistas em tecnologia como Richard Dennis fundador e CEO da TemTum argumentam por exemplo que 5G e blockchain oferecem a promessa de uma combinação potente.
“O Blockchain pode proteger redes bancárias móveis que precisarão proteger transações em um nível muito granular, enquanto o 5G garantirá que essas redes complexas não se sobrecarregam com o peso das blockchains”. declara Dennis.
Agora, às vésperas desta quinta geração de tecnologias móveis, uma infografia da 5G Americas apresenta um breve resumo da história do avanço dos celulares, através de suas distintas gerações ao longo do tempo desde os primeiros telefones com diversas tecnologias como AMPS (Advanced Mobile Phone Service), NMT (Nordic Mobile Telephone) e outras que surgiram em 1979.
3G o “começo” de tudo
Na década de 1990, os primeiros sistemas digitais surgiram, com a revolucionária novidade de mensagens curtas (SMS) e os primeiros serviços de dados de baixa velocidade, comutados vias circuito primeiro e logo via pacote.
Em retrospectiva, pode-se apreciar que a primeira família de tecnologias padronizadas segundo os parâmetros da União Internacional das Telecomunicações (UIT) foi a que conhecemos como terceira geração, ou 3G.
Trata-se da primeira vez que a UIT definiu um conjunto de requerimentos sobre o nome de IMT-2000 (International Mobile Communicatios 2000, ou Telecomunicações Móveis Internacionais 2000) para que, logo o 3GPP (3rd Generation Partnership Project, ou Projeto de Associação para a 3ª. Geração) definisse os padrões técnicos para atender os requisitos.
Uma década mais tarde chegariam os primeiros sistemas 4G.
A UIT definiu uma nova série de requerimentos, IMT-Advanced, assim a 4G introduziu melhorias notáveis na velocidade de transmissão de dados, em uma arquitetura que já estava completamente baseada em tecnologia IP (Protocolo de Internet) para tornar realidade a verdadeira banda larga móvel de alta velocidade.
Agora, a 5G traz uma quebra de paradigmas para as comunicações móveis.
Já não se trata simplesmente de uma tecnologia para conectar telefones móveis ou oferecer unicamente banda larga. A aposta da indústria para esta nova tecnologia consiste em que se constitua a estrutura para uma sociedade completamente digital, atravessando distintas esferas da vida humana.
Agora não apenas os telefones estarão conectados, mas também os automóveis, os edifícios, as cidades, os eletrodomésticos, a indústria e a agricultura, entre outros.
A 5G foi pensada para atender um amplo leque de novos casos de uso e múltiplos dispositivos com necessidades dispares de desempenho e requerimentos técnicos.
5G no Brasil
No caso do Brasil o país deu, oficialmente, a largada para a implantação da rede 5G em 2020 com a assinatura do presidente Jair Bolsonaro estabelecendo as diretrizes para o leilão da nova rede de conectividade do país. No entanto, o leilão pode ocorrer apenas no segundo semestre e a efetiva disponibilização da rede no país somente em 2021.
No caso nacional, a rede 5G envolverá a venda de licenças dos novos serviços nas faixas de 700 megahertz (MHz), 2,3 gigahertz (GHz), 3,5 GHz e 26 GHz.
A operadores que passaram a oferecer o 5G no país deverão atender cidades, vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados rurais com população superior a 600 habitantes, além de rodovias federais com banda larga móvel e redes de transporte de alta velocidade para municípios ainda não atendidos.
A portaria do MCTIC ainda determinou que a Anatel deve incentivar o compartilhamento da própria rede e da infraestrutura passiva – como postes, torres, dutos e condutos por onde passam as redes de serviço.
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