Francesa Vinci desbanca CCR e fundos e vence leilão da rodovia Rota dos Cristais
A Vinci Highways, da França, venceu o leilão do trecho rodoviário da BR-040/GO/MG conhecido como Rota dos Cristais nesta quinta-feira (26), com oferta de deságio de 14,32% sobre a tarifa mínima de pedágio estabelecida no edital.
A Vinci superou o consórcio Nova BR 040 (formado por 4UM e Opportunity), que propôs deságio de 9,09%. O BTG Pactual por meio de seu FIP Infraestrutura III, fez oferta de 7,50%, e a CCR fez proposta de 1,75% de desconto sobre o pedágio.
O leilão envolveu cerca de 600 quilômetros de rodovia entre Cristalina (GO) e Belo Horizonte e um contrato de 30 anos com investimentos previstos de R$ 6,4 bilhões para uma série de melhorias que incluem 343 quilômetros de faixas adicionais. O trecho faz parte de um longo corredor que conecta o Rio de Janeiro até Goiás, passando por Minas Gerais.
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Cinco meses antes, o governo federal realizou o certame do primeiro trecho da rodovia, entre Belo Horizonte a Juiz de Fora (MG), que foi vencido pelo Grupo EPR, com oferta de desconto de 11,21% sobre o valor base de pedágio.
Com a vitória em sua primeira concessão rodoviária federal no Brasil, a Vinci passa a contar com cerca 1.100 quilômetros de rodovias administradas no país. A empresa finalizou no ano passado a compra do controle da concessionária paulista Entrevias, que opera 570 quilômetros entre o norte do Paraná e o sul de Minas Gerais. Além das rodovias, a Vinci também tem concessões de oito aeroportos no Brasil.
Para tentar atrair interesse de investidores, o governo federal dividiu a concessão da BR-040 em vários trechos. Com, o leilão desta quinta-feira, ainda vai faltar o certame envolvendo a ligação entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro, de 218 quilômetros, e que o governo tem expectativa de ir a mercado em novembro. A concessão da conexão até Brasília está em estudo.
Há um mês, o governo federal finalmente conseguiu leiloar trecho da BR-381/MG, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, na quarta tentativa de passar o ativo para a iniciativa privada desde 2021. Nesta disputa, os deságios sobre a tarifa de pedágio não passaram de 1%.