Especialista da Foxbit indica 5 criptomoedas com chances de alta em fevereiro
Analista aponta tendência para o preço do Bitcoin em fevereiro e destaca 5 criptomoedas com chances de alta
O fechamento mensal com quase 40% de ganhos pelo Bitcoin (BTC), em janeiro, aumentou as expectativas de alta para parte dos investidores, que começam, agora, a discutir a possibilidade do fim do bear market. Janeiro foi o melhor mês para a criptomoeda desde outubro de 2021 e um dos melhores janeiros da história do Bitcoin.
Para Isac Honorato, embaixador e influenciador da corretora de criptoativos Foxbit, prever com precisão como o mercado de criptomoedas vai reagir em fevereiro, diante de tantos fundamentos, é ilusório.
Porém, para ele, se apoiar nos fatos e compreender como a economia vai se comportar neste novo ciclo de baixa de juros, assim como a perspectiva técnica, será o trunfo de muitos investidores na identificação do fim ou não do inverno cripto.
“O desempenho do Bitcoin em janeiro chama a atenção pela intensidade, mas não por sua periodicidade. Em sua história, o mês apresenta uma tendência mista. São cinco fechamentos positivos, contra seis negativos para este mês. Para fevereiro, porém, o histórico dá vantagem clara aos bulls, com oito meses de alta, e apenas dois de baixa”, destaca.
Fonte: Coinglass
Segundo ele, esse levantamento pode ser um bom reflexo histórico, mas considerando as características do mercado de criptomoedas e a situação macroeconômica atual, essas informações podem se tornar apenas um livro de histórias.
Diante disso, o analista indica outros fundamentos e aspectos técnicos que trader e investidores cripto precisam olhar para se preparar para este mês e, como primeiro ponto ele destaca as decisões dos reguladores americanos, em especial o FED que sinalizou no começo do mês que a inflaçãonos EUA pode estar começando a baixar.
“Até que o Federal Reserve se posicione de forma definitiva sobre sua política monetária, a incerteza irá ser companheira dos investidores pelos próximos meses.Porém, esse fantasma já pode ter sido vencido para fevereiro, dando mais tranquilidade ao mercado, pelo menos até a divulgação da ata dessa reunião do FED. Já o Banco Central Europeu elevou em 50 bps sua taxa e disse que irá manter a política monetária hawkish, com juros em níveis restritivos”, disse.
Indicadores para o Bitcoin
Honorato também afirma que desde 2020, há uma forte correlação entre o desempenho do BTC e da S&P 500. Neste sentido ele destaca que as big-techs estão em um processo de demissão intensa e só no mês passado, o Spotify desligou 6% de seus funcionários, enquanto a Microsoft reduziu 10 mil colaboradores de seu quadro.
“O receio de que essa onda de demissão se expanda pode empurrar os mercados para baixo, principalmente os vinculados à tecnologia. Assim, o Bitcoin também poderia seguir os mesmos passos”, afirma.
Outro indicador analisado pelo especialista é o índice dólar (DXY), que pode ser uma carta na manga para o BTC em fevereiro. A moeda norte-americana, em comparação com uma cesta de moedas internacionais, já acumula perdas de quase 9% desde outubro do ano passado.
“Enquanto o bitcoin aponta certa correlação simétrica com as ações das big-techs, no caso do DXY, a história é diferente. Também desde 2020, DXY e BTC tendem a mostrar desempenhos contrários ao longo de suas sessões. Assim, um dólar enfraquecido, como vemos hoje, pode ser um trunfo para a continuação dos ganhos de janeiro para a maior criptomoeda do mercado”, afirmou.
Análise Bitcoin
Na análise técnica, ele afirma que uma perspectiva diária coloca a média móvel simples (MA) de 50 dias em direção à MA de 200 períodos. Caso o cruzamento para cima da linha de menor duração aconteça, estaremos vendo uma Golden Cross.
“Este padrão gráfico costuma antecipar momentos de volatilidade positiva para o BTC”, afirmou.
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Fonte: Foxbit
Fonte: Foxbit
“Em contrapartida, a Média Móvel Convergente e Divergente (MACD) acabou de fazer o cruzamento para baixo de suas linhas. Já o índice de força relativa (RSI) ainda segue próximo do nível de sobrecompra. Esses dois indicadores, portanto, podem manter o sinal de alerta ligado para os traders no curto prazo.”, destaca.
Fonte: Foxbit
Ele afirma que em um olhar semanal, o gráfico mostra que a média móvel de 50 períodos se encontrou com a de 200 semanas, sinalizando um possível ponto de resistência. Para o analista, o desenho, inclusive, pode formalizar uma Death Cross, o que indicaria um período prolongado de baixa.
Fonte: Foxbit
“Por outro lado, o MACD segue em direção ao histograma, com as médias cruzadas para cima, e o RSI, em 58 pontos, indica um mercado mais aquecido, mas ainda com bastante espaço para entrar em sobrecompra. Olhando para todos os indicadores, podemos ver que eles sinalizam um momento de compra para alguns traders de maior prazo”, afirma.
Fonte: Foxbit
5 criptomoedas com chances de alta em fevereiro
Com o mercado dando sinais de aquecimento mais uma vez, a possibilidade da continuidade de valorização do BTC aumenta as chances de que outras criptomoedas também sejam puxadas para cima. Diante disso o analista indiciou 5 criptomoeda com chances de alta em fevereiro.
A primeira criptomoeda da lista é a Litecoin (LTC) que está em direção à mineração do último dos 840 mil blocos necessários para a ativação de seu halving.
“Assim como acontece com o bitcoin, o corte na recompensa aos mineradores tende a tornar o ativo mais escasso, fazendo com que a moeda seja mais atraente aos investidores”, afirma.
Honorato também destacou que está de olho na Cardano (ADA) que anunciou o lançamento de sua “stablecoin sobrecolateralizada” Djed (DJED). O termo rebuscado é uma forma de se desvincular das stablecoins algorítmicas, como a TerraUSD (UST).
“A DJED já está operando na rede principal da Cardano e é atrelada ao dólar norte-americano, com apoio do token nativo, ADA. Por ser uma stablecoin de um grande blockchain, investidores podem se sentir animados com a novidade”, aponta.
A lista também conta com o Ethereum (ETH) que com a atualização Shanghai, apresenta várias mudanças, sendo a mais relevante, a possibilidade de retirada de tokens travados em staking para a validação de transações dentro do blockchain.
“Essa novidade pode ser um gatilho para uma adesão ainda maior da plataforma, assim como uma valorização de seu token”, disse.
Em quarto lugar na lista do analista está a BNB Coin (BNB). O analista destaca que a criptomoeda ganha destaque para fevereiro, pois o mecanismo de burn do ativo está acelerado.
“Só no final de janeiro, a rede “queimou” US$ 620 milhões em BNB. Essa funcionalidade tende a reduzir o volume do token em circulação e, consequentemente, pode se tornar mais escasso e atrativo aos investidores”, afirma.
Fechando a lista está o Polygon (MATIC), projeto que realiza a conexão de blockchains compatíveis com a rede do Ethereum e fornece soluções de escalabilidade às plataformas.
“Recentemente, empresas conhecidas no mercado internacional, como Meta e Disney, também fecharam parcerias com a Polygon. A “aquisição” desses grandes players pode ser um atrativo para novos investidores”, finalizou.
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