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Quatro motivos explicam a recente valorização do preço do Bitcoin, segundo a Binance

por · 4 de agosto de 2020

Criptomoeda mantém cotação acima de US$ 11.000 após ser impulsionada por mudanças no mercado

No final de julho de 2020 o preço do Bitcoin rompeu a importante barreira de US$ 10.000 em uma forte onda de valorização. Impulsionado por mudanças no mercado, a criptomoeda continuou a subir até ultrapassar US$ 12.000 recentemente.

Para a Binance, essa valorização pode ser explicada por teorias e análises gráficas que indicavam o aumento do preço do Bitcoin. No entanto, a criptomoeda foi impulsionada também por outros fatores, segundo a exchange internacional.

“Várias razões foram apresentadas sobre o motivo pelo qual o preço do Bitcoin está subindo atualmente. Alguns eles são mais convincentes do que outros, mas, em última análise, não é possível identificar exatamente o que levou a subida dos preços; além de – é claro – mais pessoas querendo comprar do que vender.”

Análise técnica e aumento de adoção do Bitcoin

O aumento do preço do Bitcoin pode ser explicado por análises técnicas envolvendo a criptomoeda. De acordo com a Binance, a sequência de Fibonacci e outros índices apontavam para a valorização do Bitcoin no mercado.

“Os defensores da Análise Técnica dizem que o aumento de preço do Bitcoin pode ser explicado pela teoria Wave, sequências de Fibonacci e foco em resistência e suporte de preço.”

Além disso, a Binance cita dados do Glassnode para atestar o aumento da adoção do Bitcoin em exchanges.

Segundo a corretora de criptomoedas que também atua no Brasil, houve um importante aumento de carteiras de Bitcoin recentemente. Por outro lado, esse fator pode não ter influenciado diretamente o preço do Bitcoin, conforme explica a Binance.

“Os dados do Glassnode mostram um pico de ~ 25% (como de 04 de agosto) nos fluxos de entrada e saída de carteiras de câmbio nas últimas 24 horas. Embora aparentemente significativo, tais picos ocorrem com muita frequência e, historicamente, não necessariamente resultaram na subida de preço. Além disso, o saldo cambial total praticamente não variou (-0,22%), mostrando que as saídas de câmbio não excederam significativamente as entradas.”


Preço do Bitcoin em julho e agosto de 2020 (Reprodução/CoinMarketCap)

DeFi e sentimento geral do mercado

Os projetos DeFi (Decentralized Finance) cresceram de forma impressionante em 2020. De acordo com a Binance, esses projetos fomentaram a recente valorização do Bitcoin no mercado.

Com um salto de quase US$ 3 bilhões em apenas sete meses, os investimentos em projetos DeFi foram utilizados para impulsionar o Bitcoin, de acordo com a exchange.

“Foi proposto que muitos investidores saíram para o Bitcoin de cargos que ocupavam em projetos DeFi, que tiveram um desempenho extremamente positivo em 2020.

A adoção do DeFi está bem representada no fato de que o valor total bloqueado aumentou de US$ 677 milhões em janeiro de 2020, para US$ 3,6 bilhões em 28 de julho. Muitas vezes, uma crescente adoção do DeFi foi acompanhada de o lançamento e ou escalada de tokens de governança da DeFi, resultando em altos retornos para os investidores.”

Além dos fatores citados anteriormente pela exchange, existe o “sentimento geral do mercado” que pode ser imprevisível. Geralmente, são acontecimentos e desdobramentos no cenário econômico geral os responsáveis por conduzir essa “sensação”.

Assim como funciona com outros ativos, o “sentimento de mercado” possibilita entender como o preço da criptomoeda pode ser impactada. Nos últimos meses, a guerra econômica entre a China e os Estados Unidos, por exemplo, poderia ser entendido como um acontecimento capaz de modelar esse “sentimento geral de mercado”, segundo a Binance.

“O esclarecimento norte-americano sobre bancos fornecer serviços de custódia para criptomoedas geralmente têm sido percebido como positivo. Outra perspectiva geral, expressa por Stephen Innes da AxiCorp, é que a incerteza econômica foi induzida por vários fatores, como ‘preocupações com bloqueios relacionados a pandemias, a queda do dólar americano, as taxas reais continuando a despencar e tensões crescentes EUA-China’, que levam a uma fuga para ativos em refúgios.”

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