Fomos criados para sobreviver ao status quo, diz CEO do Nubank no Fórum da Liberdade

O fundador e CEO do Nubank, David Vélez, disse nesta quinta-feira (16) que a fintech tem no seu DNA o que é necessário para enfrentar a crise econômica atual, gerada pelo coronavírus e que atinge todo o planeta.

“A cultura da empresa foi criada para sobreviver ao status quo e para abraçar desafios. E no momento nem temos mais status quo”.

A fala de Vélez ocorreu durante o painel de encerramento do Fórum da Liberdade, que foi transmitido via YouTube e redes sociais. O tema da discussão foi o papel do empreendedor no atual cenário de turbulência.

Ainda sobre o comportamento do Nubank durante a crise, Vélez afirmou que a empresa passou a olhar para seus clientes —estimados em 23 milhões pelo executivo — assim que se reorganizou para enfrentar o atual momento.

“Estamos em momento de crise, e é oportunidade para mostrar que nossos valores são muito mais do que palavras e precisam ser vividos pelas empresas”.

Demora em reagir

Essa celeridade, no entanto, não foi sentida pelos clientes. Desde meados de março haviam queixas sobre a demora do banco digital em anunciar medidas para atenuar os efeitos econômicos do coronavírus sobre a renda mensal.

Antes do Nubank, quase todos os grandes bancos em operação no Brasil — Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil — e o rival Banco Inter haviam anunciado ações de apoio a seus clientes e para renegociação de dívidas em meio à crise.

O Nubank chegou a afirmar que havia uma dificuldade de oferecer uma solução para ajudar todos os clientes quanto a um alívio no pagamento de faturas do cartão da fintech.

Somente na última semana que o Nubank mudou de postura e anunciou uma redução de 80% na cobrança de juros na fatura do cartão.

Crise como oportunidade

Ao lado de Velez, participaram também do painel no Fórum da Liberdade: Jorge Paulo Lemann, diretor da 3G Capital; Roberto Setubal, co-presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Holding S.A; e José Galló, presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner S.A.

Todos eles, a partir de suas áreas de atuação, apontaram o momento atual de crise como um gerador de oportunidades e de aprendizados, apesar das dificuldades visíveis.

“É uma oportunidade para refletirmos sobre o que queremos e o que podemos ser, de ter mais solidariedade”, afirmou Lemann.

Setubal sente que as ações para lidar com o atual momento já superaram a fase de “pânico” e estão em um momento mais assertivo e construtivo. E pediu mudanças nas normas vigentes no país, como a trabalhista — segundo ele, novas mudanças terão de ser feitas para comportar uma maior presença do trabalho em regime home office, que se tornou uma das marcas da atual crise.

Mais digital, menos agências

Além de apostarem que o home office ficará mais comum após a crise, os painelistas também acreditam que o atual momento deve acelerar ainda mais a difusão de meios digitais — para pagamentos, compras e outras operações.

Essa digitalização, no caso dos bancos, tem sido apontada como um dos principais motivos para o fechamento de agências em todo o país. Setubal adiantou que outros pontos físicos de atendimento do Itaú devem ser fechados neste ano — embora em ritmo menor do que as 400 agências encerradas em 2019.

“Os clientes é que vão definir quantas agências teremos. Se eles não vão, não há sentido em manter. E muitos jovens não gostam de ir às agências”.

Sobre o Fórum da Liberdade

O Fórum da Liberdade, promovido anualmente pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), estava previsto para ocorrer de forma presencial em Porto Alegre, nos dias 6 e 7 de abril. A pandemia de Covid-19, no entanto, levou a organização a fazer uma versão adaptada da programação para o meio virtual, que começou na terça (14) e terminou nesta quinta.

O evento reuniu nomes importantes da economia e do pensamento liberal e social na América Latina e teve como tema central a questão da liberdade diante do atual cenário.

Os três painéis contaram com transmissão gratuita pelas redes sociais e pelo YouTube. Além do debate


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