FMI não concorda com planos das Ilhas Marshal de possuir uma criptomoeda própria

O Fundo Monetário Internacional (FMI) parece não estar enxergando com bons olhos os movimentos de alguns países que têm planos de criarem criptomoedas próprias. Recentemente, o órgão manifestou dúvidas sobre o plano das Ilhas Marshall de construir uma criptomoeda nacional que visa, entre outros, uma menor dependência do dólar. Segundo o relatório da instituição, esta ação “aumentaria os riscos de integridade macroeconômica e financeira e elevaria o risco de perder o último relacionamento bancário correspondente em dólares norte-americanos”.

O parlamento da República das Ilhas Marshall (RMI) votou a favor da criação do Sovereign (SOV), que seria a criptomoeda oficial do país em contraponto ao dólar americano, que hoje é a moeda oficial na ilha. Mas o FMI declarou que, apesar de sair de uma recessão em 2016 devido ao forte investimento em infra-estrutura, o país ainda enfrenta riscos financeiros substanciais, incluindo a possível perda de seu relacionamento bancário correspondente (CBR) com o dólar americano.

Segundo o relatório, a ambiguidade em torno dos procedimentos de AML/KYC do Sovereign pode levar à perda do CBR, que é uma ferramenta econômica chave para o arquipélago. Na ausência de medidas rigorosas de KYC e AML, disse o FMI, o Sovereign poderia ser utilizado para a prática de inúmeros crimes como financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro, o que resultaria em na perda do RBC e jogaria novamente a Ilha em uma espiral de crise financeira.

No relatório, o FMI também criticou a falta de um quadro regulatório para o Soverign, afirmando que o país ainda não estabeleceu o conteúdo dos procedimentos propostos para o KYC ou o seu modo de implementação. Além disso, observou que questões como monitoramento de transações, monitoramento de conformidade, relatórios de transações suspeitas e sancionamento de falhas de conformidade não foram abordados.

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Fonte: Criptomoedas Fácil

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