Possível pirâmide financeira com Bitcoin em Cabo Frio (RJ) deixa vítimas e polícia investiga crimes

Uma das empresas investigadas prometia rendimentos de 15% ao mês

A região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, é uma das regiões mais luxuosas do estado. É nesse cenário de ostentação que muitos investidores caíram em um golpe com criptomoedas. 

De acordo com reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, entre as empresas de Bitcoin da região investigadas pela polícia está a X6, de Ricardo Oliveira, conhecido como Rick, que prometia aos investidores rendimento de 15% ao mês. 

Rick foi preso em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, por porte ilegal de arma. 

De acordo com a reportagem e segundo a polícia, Rick garantia aplicar o dinheiro dos investidores na Bolsa de Valores e em bitcoins.

Mas não fazia os investimentos prometidos. Na mesma região, outras dez empresas estão sendo investigadas.

O Cointelegraph mostrou essa história e publicou que depois do assassinato de um trader, a Polícia de Cabo Frio (RJ) iria investigar empresas de criptomoedas na região.

A escalada de violência envolvendo empresas de criptomoedas na Região dos Lagos chamou atenção do Ministério Público e da Polícia Civil.

Na segunda quinzena de julho, uma suposta exchange que prometia até 30% de lucros com Bitcoin anunciou o fechamento repentino dos negócios, gerando revolta dos investidores, que invadiram a sede da empresa em busca de explicações.

Já no começo deste mês um trader que era conhecido como “Rei do Pullback” foi assassinado na cidade dentro de seu automóvel de luxo, um Porsche. 

As informações do crime dão conta de que ele prometia “lucros rápidos com Bitcoin”, o que é um dos indícios de pirâmides financeiras.

Mais cedo, em junho, um outro empresário de uma empresa de criptomoedas também sofreu tentativa de assassinato na mesma região.

Os crimes envolvendo criptoativos têm se tornado comuns. O Cointelegraph mostrou que recentemente, a Polícia Federal cumpriu 34 mandados de busca e apreensão na Operação Compliance, com objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro através de criptomoedas, como publicou o site oficial da corporação.

Cerca de 150 policiais federais cumpriram 34 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Goiânia/GO, Campo Grande/MS, São Paulo/SP, Laranjal Paulista/SP, Recife/PE e Vitória/ES. 

Os mandados foram emitidos pela Justiça Federal em Goiás, que também expediu 30 mandados judiciais de bloqueios de contas correntes e carteiras de criptomoedas, além da quebra do sigilo dos investigados junto às corretoras.

O Cointelegraph também mostrou que no começo do mês de agosto, a justiça brasileira usou a plataforma da corretora Mercado Bitcoin para vender 28 Bitcoins apreendidos pela Polícia Federal com a TradeGrup. 

Segundo a CVM, 43% de todas as denúncias sobre fraudes financeiras no país envolvem criptomoedas.

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