Festa de Golpista de Bitcoin com Mulheres e Dinheiro Causa Revolta Entre Vítimas
Circula nas redes sociais um vídeo de um famoso golpista brasileiro que causou prejuízos de milhões de reais a vítimas no Distrito Federal. Marlon Gonzalez Motta, denunciado duas vezes pelo Ministério Público Federal, aparece em uma festa com duas mulheres nuas em um hotel de luxo no Rio de Janeiro. O conteúdo gerou revolta em grupos de vítimas do estelionatário, segundo o portal Metrópoles.
No vídeo, o golpista aparece com duas mulheres no banheiro de uma suíte de hotel localizado em região nobre da capital carioca. Além disso, dias antes, outros vídeos mostraram Marlon contando pilhas de dinheiro e colocando as notas em mochilas. Segundo ele próprio, os valores somavam R$ 260 mil em “remessas de clientes”.
Marlon começou a ser investigado em 2019. Fingindo ser um megainvestidor, ele circulava em grupos influentes de Brasília e convencia pessoas a investirem em Bitcoins. As vítimas teriam entregado entre R$ 50 e R$ 100 mil ao golpista. Além disso, um grupo chinês teria perdido pelo menos R$ 600 mil nas mãos do falso investidor. Estima-se que as perdas giram em torno de R$ 3 milhões, com vítimas em São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
Fim de semana de R$ 200 mil
Não é a primeira vez que o estelionatário é flagrado gastando muito dinheiro em festas luxuosas. Em 2019, após lucrar R$ 880 mil com vítimas em São Paulo, Marlon reuniu 14 modelos em 15 quartos no Hotel Windsor Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele também bancou uma ida a uma boate de alto padrão na Barra da Tijuca. No dia seguinte, levou as moças para um passeio de iate de 100 pés. Estima-se que ele tenha gastado R$ 200 mil nesse único final de semana. Na época, ele já era alvo de cinco inquéritos instaurados pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Como o golpe funciona
Marlon se fazia passar por um suposto investidor especializado em Bitcoins. Ele se aproveitava principalmente do desconhecimento das vítimas acerca do mercado de criptomoedas. Dessa forma, ele convencia as pessoas a transferirem altas somas de dinheiro com a promessa de retorno em BTC. Os valores eram depositados em contas de laranjas. Por fim, ele enviava um comprovante falso de transação.
No maior golpe, realizado junto a um grupo chinês, ele teria enviado um emissário a Hong Kong para finalizar o negócio pessoalmente. Ao receber os R$ 600 mil, ele parou de responder e sumiu. Na sequência, teria tirado férias em países da Europa ou da Ásia, como sempre costuma fazer após cada golpe bem-sucedido. Atualmente, ele é réu em ação penal no Distrito Federal.
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