Federação de Bancos alerta para golpes digitais em apps de mensagens
Com o aumento da popularidade do ecossistema cripto, mesmo em plena recessão global, cresce também a quantidade de golpes envolvendo as novas tecnologias. A sociedade também se digitalizou em uma velocidade sem precedentes influenciada pela pandemia, levando à população passar muito mais tempo online.
Já se perguntou quando foi a última vez que entrou em uma agência bancária para realizar algum serviço – que não seja o caixa eletrônico? Até o gerente agora está no App do banco. Isso sem falar nas compras de supermercado, farmácia, delivery de comidas, bebidas 24 horas, tudo na porta de casa e através de serviços digitais.
Com esse cenário, a Febrabran tem intensificado seus alertas para todos os clientes e não clientes de bancos sobre golpes digitais e faz um alertas para população se proteger de hacks.
Entre as tentativas de fraudes usadas por bandidos que trazem muita dor de cabeça para o consumidor, estão os golpes que envolvem aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e segundo a instituição, as mais usadas são:
Phishing –– através de técnicas de engenharia social, enganam o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões, além de manipularem endereços da web que são quase idênticos aos sites que a vítima geralmente acessa.
Pedidos de transações – Fingir ser alguém do relacionamento pessoal ou profissional e, sob alegação de alguma dificuldade em acessar o aplicativo do banco, o golpista pede para que a vítima realize transferências ou pagamentos, através de Pix, TED ou DOC. Normalmente, utilizam um número de telefone novo e colocam a foto do usuário do WhatsApp através de imagens disponíveis na internet.
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“Sempre desconfie quando receber um pedido de dinheiro de parentes ou de pessoas conhecidas no aplicativo de mensagem. Antes de fazer qualquer coisa, confirme o pedido através de uma ligação para o número de telefone que você tem em sua agenda de telefones, nunca para o número que está lhe contatando”, alerta o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN, Adriano Volpini.
“Também desconfie da história de que alguém está com dificuldade para acessar o aplicativo do banco e que precisa de ajuda para fazer um pagamento urgente, ou ainda da história da perda do celular”, acrescenta.
Golpe de engenharia social
O criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema, como, por exemplo, um assalto ou perda de celular. A partir daí, pede uma transferência de dinheiro, dizendo estar em alguma situação de emergência.
Nesta fraude, o criminoso nem precisa clonar o aplicativo de mensagem da pessoa, e usa a estratégia de pegar dados pessoais da vítima e de seus contatos. A FEBRABAN alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.
Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. O cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato que solicita dinheiro de forma urgente. Não faça qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro.
Golpe da clonagem
Os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.
Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta do aplicativo em outro celular. A partir daí, enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedem dinheiro emprestado por transferência via Pix.
No caso do WhatsApp, uma medida simples para evitar que o aplicativo seja clonado é habilitar a opção “Verificação em duas etapas” Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos.
Dicas de segurança
Entre as dicas que a entidade dá, nunca compartilhar dados pessoais em mensagens, redes sociais, jamais fornecer para ninguém que faça contato, em nome do banco, senhas de acesso (cartão, transações eletrônicas – Pix, TED etc).
“Lembre-se que o banco também não solicita senhas de acesso através de telefone, SMS, WhatsApp, Facebook ou qualquer outro aplicativo de mídia social.”
Manter as atualizações de segurança e antivírus e quando possível usar a biometria facial ou digital para desbloqueio da tela inicial do celular (são mais fortes do que as opções de desbloqueio por desenho ou PIN). Ficar atento a todos os links e desconfiar sempre de promoções muito tentadoras.
Polícia Federal faz operação inédita para apreender bens de criminosos digitais
A operação chamada de Não Seja um Laranja! aconteceu nesta terça-feira, 02 de agosto em 13 estados e no Distrito Federal com o apoio da entidade que reúne mais de 100 instituiçoes financeiras do país. Policiais federais e civis apreenderam bens de pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos desviados de golpes e fraudes contra clientes bancários, utilizando engenharia social.
É a primeira vez que é feita uma operação de caráter nacional para coibir esse tipo de crime e terá continuidade.
As buscas e apreensões estão previstas na Lei 14.155, que prevê punições severas para fraudes e golpes cometidos em meios eletrônicos. O texto alterou o Código Penal brasileiro para agravar penas como invasão de dispositivo, furto qualificado e estelionato praticados em meio digital, além de crimes cometidos com o uso de informação fornecidas por alguém induzido ao erro pelas redes sociais, contatos telefônicos, mensagem ou e-mail fraudulento e os golpes de phishing.
As penalidades podem chegar até 8 anos de prisão, mais multas, e ainda serem agravadas se os crimes forem praticados com o uso de servidor mantido fora do Brasil, ou ainda se a vítima for uma pessoa idosa ou vulnerável.
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