Febraban Tech: Starlight realiza primeiro teste com Itaú e Bradesco no Drex

Dia histórico para o Drex. A Starlight realizou hoje (27) o primeiro DvP (Real Digital vs Título Publico Federal Tokenizado) com privacidade no Drex utilizando o EY Starlight SwapEscrow. Assim, a operação aconteceu entre Banco do Brasil e Itaú Unibanco.

Jeff Prestes, especialista em blockchain da Ernest Young (EY), comemorou o feito.

É só o começo. Muitas outras aplicações descentralizadas e com privacidade para blockchain ainda estão por vir!

Starlight inicia testes com participantes do Drex

Após o Banco Central (BC) finalizar os testes de solução de privacidade da fase 1 do piloto Drex, os participantes começaram agora os testes das instituições.

A ideia da Starlight é assegurar que todas as transações sejam absolutamente sigilosas. Semelhante, portanto, a solução da Parfin e da Microsoft, que também desenvolvem uma soluções de privacidade para o Drex. Assim, um grande desafio para todos os protocolos envolvidos.

Interface mais intuitiva

Durante a Febraban Tech, a sócia líder da área de blockchain e cripto da EY, Thamilla Talarico explicou que:

“O entendimento da EY é a de que a privacidade de dados é para o estado não acessar o que está on-chain e em tempo real na rede. Colocar dado na mão do governo não pode ser a melhor solução. Pode acabar gerando poder demais. Isso não faria sentido, já que a discussão é privacidade, afirmou. Portanto, o BC conseguiria ver as operações, mas sem ter os dados dos clientes, por exemplo.”

Implementação do Escrow Shield

A equipe técnica do Banco Central já avaliou a transferência de depósitos tokenizados usando a ferramenta “escrow shield”. Atualmente, a atenção está voltada para testar a entrega versus pagamento (DvP) de tokens de títulos públicos através do “SwapEscrow”.

Sobre o desenvolvimento de Interface Usuário, Thamilla mencionou que inicialmente as transferências eram feitas de forma privada e não muito amigável. Uma interface mais intuitiva foi criada para facilitar o uso, permitindo operações além do ambiente de codificação.

“Desenvolvemos uma interface de usuário que simplifica a operação, eliminando a necessidade de interagir diretamente com o código”, disse a executiva da EY ao Valor Econômico no início da semana.

Além disso, a plataforma utiliza técnicas criptográficas para adicionar privacidade aos contratos inteligentes, através da ferramenta Starlight. Assim, ela transforma aplicações normais em zapps (aplicações com zero knowledge) e garante o sigilo sem alterar a estrutura base do contrato.

Desafios de escalabilidade e velocidade

A escalabilidade das transações sigilosas em redes distribuídas ainda não foi totalmente testada. No entanto, existe uma preocupação com a lentidão das transações ao adicionadar camadas de privacidade. Podendo afetar a capacidade da blockchain de suportar a demanda.

Segundo Jeff Prestes, cada transação leva aproximadamente 10 segundos para gerar provas em um servidor básico, tempo que pode ser reduzido com mais poder computacional.

“Embora ainda estejamos em fase de testes, nossa meta é acelerar o tempo de resposta das transações, aproveitando capacidades computacionais mais robustas disponíveis em bancos.”

Starlight além do Drex

Por fim, Talarico enfatiza a intenção de tornar a Starlight acessível fora do contexto do projeto piloto, potencialmente disponibilizando a ferramenta no GitHub após aprovação do Banco Central.

Assim, a solução será de código aberto e compatível com outras redes, não se limitando apenas à Hyperledger Besu, enfocando a privacidade ao nível dos contratos inteligentes, não da rede.

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