Fan tokens seguem desvalorizando à medida que quartas de final da Copa do Mundo se aproximam

Fan tokens de futebol viram seus preços e volumes de negociação despencarem desde o início da Copa do Mundo em 20 de novembro.

As criptomoedas vinculadas a seleções nacionais de futebol não conseguiram manter a atenção dos torcedores durante a Copa do Mundo FIFA 2022. Os preços dos fan tokens vinculados ao futebol estão despencando desde o início do torneio.

Os preços dos fan tokens de Portugal, Espanha, Brasil e Argentina caíram entre 60% e 88% desde o início da Copa do Mundo em 20 de novembro, de acordo com dados do CoinGecko.

Isso apesar de Brasil, Argentina e Portugal terem chegado às quartas de final do torneio, enquanto a Espanha foi eliminada em 6 de dezembro.

Os fan tokens geralmente reagem aos resultados de campo quase imediatamente. O token SNFT da Espanha caiu 39,1% nas últimas 24 horas após a derrota para a seleção do Marrocos. No entanto, o token POR de Portugal também caiu 6,1% no mesmo período, apesar de a seleção portuguesa ter vencido a Suíça por 6-1 no mesmo dia. Isso sugere que os fan tokens estão se tornando menos reativos ao sucesso das equipes associadas.

Notavelmente, essa classe de criptomoedas atingiu seu pico bem antes de qualquer uma das seleções entrar em campo no Catar, sugerindo que um clássico evento “compre o boato, venda a notícia” ocorreu.

Os fan tokens de Portugal e Argentina atingiram suas máximas históricas em 18 de novembro, enquanto os fan tokens da Espanha e do Brasil chegaram ao ápice dois meses antes, em 28 de setembro.

Uma ocorrência semelhante também pode ser vista no gráfico do Chiliz (CHZ), o token nativo por trás da principal plataforma de fan tokens do mercado, a Socios.com, que registrou sua máxima histórica em 20 de novembro. Desde então, já caiu 36%.

Os volumes de negociação dos tokens também caíram drasticamente desde o início da Copa do Mundo – caindo entre 79% e 88% desde 20 de novembro.

Essa classe de tokens foi originalmente projetada para oferecer aos torcedores oportunidades únicas de interação com seus times do coração, como permitir que eles votem em decisões menores, como a definição de mensagens de incentivo e a escolha da música tocada durante o aquecimento.

Os críticos dos fan tokens não veem as coisas assim, no entanto, e dizem que os criptoativos vinculados a agremiações esportivas constituem uma forma predatória para traders experientes drenarem o capital de fãs entusiasmados.

Falando ao The Athletic em agosto de 2021, Martin Calladine, autor de The Ugly Game – um livro que explora o lado negro das negociações da FIFA com o Catar em benefício da candidatura do país do Oriente Médio à Copa do Mundo de 2022 – apresentou uma visão sombria sobre os fan tokens.

“Vemos o preço dos tokens subindo em antecipação a eventos que mobilizam os torcedores, como contratações de jogadores ou títulos”, disse ele, acrescentando que “os traders os sacam, os preços caem e os torcedores arcam com as perdas – vítimas de seu entusiasmo por seus clubes.”

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