Família inteira é sequestrada em Jundiaí, incluindo idosa e criança, em caso de pirâmide de Bitcoin

Com pistola .40 e .380 grupo de 5 pessoas sequestra família de chefe de pirâmide financeira com Bitcoin no interior de São Paulo

Uma família inteira foi sequestrada em Jundiaí por conta do envolvimento de um de seus membros em uma pirâmide de Bitcoin.

Segundo informações da Polícia Civil da cidade, a família foi sequestrada no bairro Cecap.

Assim, um dos membros da família seria articulador de um golpe financeiro baseado em Bitcoin.

Ele atuava no interior de São Paulo, nas cidades de Jundiaí, Itupeva, Campo Limpo, Várzea Paulista, entre outras, oferecendo investimentos em Bitcoin.

Contudo, sem autorização ou dispensa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer contratos de investimento coletivo, sua atuação era ilegal.

O Golpe

O sequestrado prometia retornos financeiros de até 30% por meio de supostas operações de trade com Bitcoin.

Segundo relatos ouvidos pela Polícia Civil, tal qual em outros golpes, durante um tempo os supostos rendimentos foram pagos.

Contudo, após um período, os clientes deixaram de receber seus valores e o articulado do suposto golpe passou a dar desculpas sobre os atrasos.

Porém, nada de pagar o dinheiro dos clientes.

Sequestro

Insatisfeitos com o fato de não receberem seu dinheiro cinco homens de Jundiaí que teriam investido todas suas economias na empresa, resolveram sequestrar o líder do golpe.

Porém, em busca de “garantir” que receberam todos seus valores, resolveram sequestrar toda a família.

Assim, com uma Land Rover, os sequestradores pegaram inicialmente os pais da ex-mulher do comerciante que criou a pirâmide.

Depois, com ameaças o grupo passou a exigir a quantia de R$ 200 mil para pagar os investimentos e prejuízos e obrigou o pai a chamar a filha até um ponto comercial próximo da Prefeitura de Jundiaí.

Com a filha e agora com mais um carro um Citroen C3, eles também sequestraram a ex-mulher do suposto golpista, uma idosa, possivelmente a mãe da ex-mulher e uma criança.

Porém testemunhas viram o momento do sequestro e avisaram as autoridades.

Muro Virtual

Como a cidade de Jundiaí possui um sistema de vigilância por câmeras chamado Muro Virtual, com a placa dos veículos, toda a polícia foi notificada.

As equipes iniciaram o patrulhamento e nas buscas, prenderam os sequestradores no bairro do Medeiros, também em Jundiaí.

Nos veículos encontram as vítimas que foram liberadas ilesas e os sequestradores. Um deles portava uma pistola calibre .40 e uma pistola .380.

Os sequestradores foram presos e encaminhados até a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí.

Sequestradores agiram no impulso

Segundo informações da Polícia de Jundiaí os sequestradores não tinham antecedentes e eram “pessoas boas”.

Porém, no desespero de reaver todas as economias perdidas resolveram fazer “justiça com as próprias mãos”.

No entanto, eles vão responder pelo crime de sequestro e posse ilegal de armas.

Todos continuam presos.

Mais Vítimas

No entanto, depois da prisão dos sequestradores novas vítimas do golpe começaram a aparecer.

As vítimas procuraram a delegacia para registrar Boletim de Ocorrência contra o golpista que teve a família sequestrada.

Assim, cerca de 40 pessoas compareceram em frente a delegacia de Jundiaí com contratos nas mãos acusando uma das vítimas que estava no veículo de luxo por estelionato.

Os envolvidos disseram que não sabiam que tudo se tratava de um golpe e pediram justiça.

A Policia diz que vai investigar o caso.

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