Falta de especialistas em cripto preocupa União Europeia

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) enfrenta dificuldade em contratar especialistas que ajudem a determinar quais regras a indústria de criptomoedas precisa seguir na União Europeia.

Em entrevista ao Financial Times, José Manuel Campa disse que a falta de experts sobre o mundo cripto tem gerado uma “grande preocupação” no órgão responsável por supervisionar o setor bancário da UE. O presidente da EBA comenta que a não colaboração de especialistas tem prejudicado o desenvolvimento das diretrizes que devem ser implementadas sobre este segmento em 2025.

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União Europeia e sua dificuldade em regular o mercado cripto

Regulamentar o mercado de criptomoedas tem estado entre as prioridades da União Europeia. A união política-ecônimica, que representa 27 países da região, finalizou em março deste ano o pacote legislativo Markets in Crypto Assets (MiCA), que visa instituir uma série de novas normas, sobretudo para o uso de stablecoins.

Além disso, seu parlamento votou uma proposta para banir o uso de ativos cripto que usam o método de consenso PoW, que foi rejeitada posteriormente, para a felicidade dos entusiastas de ativos como o Bitcoin (BTC). Nesse sentido, Campa comenta que a natureza “muito dinâmica” das criptomoedas tem dificultado o bloco a entrar em um consenso, apesar dos avanços das últimas semanas.  

Segundo o presidente da EBA, independente da estrutura regulatória que seja desenvolvida e aprovada, ela “naturalmente tende a ficar para trás” em relação ao mercado. Ele ainda acrescenta que quando as diretrizes estabelecidas entrarem em vigor daqui três anos há uma grande chance dos ativos cripto terem “outros uso que não posso prever”.

Falta profissionais no mercado?

Campa comenta sobre a dificuldade que a União Europeia possui de contratar indivíduos especializados no mercado cripto, o que dificulta a supervisão desta indústria. O problema em si não estaria na falta de mão de obra especializada, mas sim em competir com os altos salários oferecidos pelas empresas privadas deste setor.

Investir pesado em contratações e oferecer salários mais altos “não está dentro do alcance das possíveis discussões”, segundo o chefe da Autoridade Bancária Europeia. Todavia, as demissões em massa realizadas por grandes empresas cripto nos últimos meses pode mudar essa situação, fazendo com que boa parte dos profissionais dispensados busquem recolocação em órgãos reguladores.

Além disso, muitas grandes empresas e exchanges, como a Binance, procuram colaborar com agências governamentais para estabelecer diretrizes que não atrapalhem o desenvolvimento do mercado cripto.

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