Facebook pode anunciar sua criptomoeda na semana que vem
São Paulo – Os rumores de que o Facebook está pronto para lançar a sua própria criptomoeda estão cada vez mais fortes. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, a empresa de Mark Zuckerberg pretende anunciar a Libra, como está sendo chamada a sua moeda virtual, já na próxima semana. Mais precisamente na próxima terça-feira (18). O lançamento, porém, pode ficar somente para 2020.
Em desenvolvimento há mais de um ano e com foco nas transações digitais, a Libra nasce a partir de um consórcio liderado pelo Facebook para impulsionar o comércio eletrônico não apenas dentro das plataformas administradas pela gigante de Menlo Park, na Califórnia, mas diversos setores da indústria digital.
Foi essa a promessa que atraiu gigantes do mercado a apostarem na ideia e investirem 10 milhões de dólares cada um em um consórcio que ficará responsável pela criação e pela administração da Libra. Entre os apoiadores, que já somam mais de uma dúzia, segundo a imprensa internacional, destaque para as emissoras de cartão de crédito Visa e Mastercard, e para empresas como Uber, PayPal e Booking.
Para convencer esses parceiros a apostarem no projeto, um dos desafios seria permitir que a Libra não sofresse dos mesmos efeitos especulativos de outras criptomoedas, como a Bitcoin, por exemplo. Em dezembro de 2017, a moeda virtual criada por Satoshi Nakamoto – pseudônimo para um programado que nunca foi identificado – chegou a ser avaliada em mais de 19 mil dólares por unidade. Doze meses depois, cada Bitcoin era negociada por cerca de 3 mil dólares. Nesta sexta-feira (14), o valor do ativo virtual beira os 8,3 mil dólares.
A solução seria lastrear a Libra às moedas físicas, com o dólar americano, o euro e a própria libra esterlina, por exemplo. Ainda não se sobre qual ou quais moedas o ativo virtual teria seu valor atrelado, mas é certo de que ele não vai ser totalmente sem lastros. De acordo a imprensa internacional, representantes do Facebook se reuniram com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, com o Banco da Inglaterra e com a empresa Western Union para tratar do assunto.
Nessas conversas também estariam sendo debatidas as possibilidades de a Libra ser transacionada em terminais físicos, como caixas eletrônicos. No equipamento eletrônico, os usuários poderiam fazer a conversão dos valores digitais para as moedas físicas e, então, realizarem o saque em moeda local.