‘Perícia vai constatar nossa seriedade e não afeta Recuperação Judicial’, diz Grupo Bitcoin Banco
Grupo Bitcoin Banco afirma que está tudo ‘ok’ com suas conta e que perícia vai atestar seriedade do grupo e desejo de pagar investidores
Em uma nota encaminhada ao Cointelegraph sobre uma determinação judicial que pediu a realização de uma nova perícia nas empresas do Grupo Bitcoin Banco (GBB) a empresa comandada por Cláudio Oliveira alegou que a decisão não impede a continuidade da Recuperação Judicial.
Na manhã de 16 de Abril o Cointelegraph havia noticiado que a EXM Partners, administradora judicial do processo de recuperação do Grupo Bitcoin Banco, tinha cinco dias para realizar uma perícia em todas as contas das empresas do Grupo Bitcoin Banco. A decisão foi da 1a. Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba (PR). A juíza Mariana Gusso diz na decisão que a medida é necessária para conhecer a real condição das empresas do Grupo Bitcoin Banco, que vive enorme crise financeira desde o segundo semestre de 2019.
Por outro lado, a magistrada diz que a perícia não servirá para saber se as empresas possuem saúde financeira para dar sequência à Recuperação Judicial. Segundo a nota do GBB, a nova perícia vai constatar a “seriedade do Grupo Bitcoin Banco”, como supostamente teria constatado uma perícia anterior que teria embasado o deferimento da Recuperação Judicial.
“O ponto de origem desta informação inverídica se deu pelo fato da mudança de direcionamento da justiça para a realização de nova perícia prévia contábil determinada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), para verificar a capacidade de operação do Grupo que, inclusive, sustenta a ferramenta jurídica de Recuperação Judicial”, disse o GBB no comunicado.
Segundo o representante jurídico do GBB, “o pedido de realização da nova perícia, que inclusive foi realizada na última quarta-feira (15) pela empresa EXM Partners, nomeada pela juíza para conduzir novamente este procedimento sem geração de ônus no processo”, declara.
“Neste contexto, o Grupo Bitcoin Banco não entrou com recurso para esta medida por entender como um protocolo sadio para reforçar a transparência da Recuperação Judicial, e que reforça seu posicionamento perante todos os seus stakeholders, com ênfase no poder judiciário, credores e clientes atuais”, afirmou o GBB.
Ainda de acordo com o GBB o procedimento é apenas uma tecnicidade legal dentro do protocolo do Processo Judicial e em nada, define sua suspensão provisória.
“Trabalhamos intensamente em 2019 na busca de uma solução efetiva e hoje estamos com duas linhas de atuação, uma delas atendendo todos os protocolos do Plano de Recuperação Judicial, com supervisão direta do próprio Poder Judiciário, na pessoa do Administrador Judicial. E com a operação de novas plataformas de negociação de criptomoedas”, reforça Claudio Oliveira, controlador do GBB.
Em recente entrevista ao Cointelegraph, Oliveira admitiu que cometeu erros administrativos que ajudaram a levar o Grupo Bitcoin Banco a uma crise que acabou prejudicando milhares de clientes em todo o Brasil.
No total a dívida do GBB com seus clientes chega a quase R$ 100 milhões. Segundo o Plano apresentado, 60% de todos os antigos usuários da NegocieCoins e TemBTC serão pagos em até 90 dias, enquanto os 40% restantes em até 7 anos.
Por conta da Recuperação Judicial, todos os processos e bloqueios judiciais autorizados contra o GBB estão suspensos.
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