Especialista indica 3 criptomoedas para não comprar agora pois caíram mais de 84% e estão entre as piores da semana
‘Portanto, não deixe que os ursos te engane pensando que o Bitcoin está em um mercado de baixa. Há um rali ao virar da esquina e os vendidos serão aniquilados’, destaca analista sobre o preço do BTC e apontando as 3 criptomoedas com o pior desempenho do mercado
O preço do Bitcoin (BTC) que vinha recuperando seu valor sendo novamente negociado acima de US$ 45 mil parece não ter forças para romper as resistências e levar novamente a principal criptomoeda do mercado acima de US$ 50 mil.
Atualmente o BTC permanece quase 39% abaixo do pico de novembro, e não vem exibindo nenhum catalisador de crescimento para impulsioná-lo. Além disso, o mercados de criptomoedas enfrenta um momento em que o apetite dos investidores por ativos de risco diminuiu, em meio à alta inflação, à postura cada vez mais agressiva do Federal Reserve e ao aumento das tensões entre as principais potências mundiais.
No entanto, segundo aponta Mike Ermolaev, head de PR da ChangeNOW, ainda há sinais de que o mercado está em fase de acumulação e investidores institucionais continuam comprando Bitcoin, fato que ele aponta é confirmado pelo histórico recente de transações para as duas maiores carteiras Bitcoin.
“Além disso, a atividade do Tether, muitas vezes considerada um indicador confiável do movimento do preço do Bitcoin, aponta para uma alta do BTC. O número de endereços ativos diários na rede Tether caiu para o menor nível em dois anos”, disse.
Não se engane, Bitcoin vai subir
Segundo o analista o histórico de negociações do BTC aponta que quando há uma queda nas transações do USDT há um aumento do preço do Bitcoin.
“Portanto, não deixe que a consolidação lateral o engane e pense que este é um mercado em baixa. Há um rali ao virar da esquina”, disse.
Ermolaev aponta que o necessário para o BTC iniciar um novo movimento de alta é de um ‘start catalisador’, ou seja, uma grande notícia ou anúncio que pode surpreender os ursos e recompensar os touros.
“A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, que administra US$ 10 trilhões em ativos para investidores institucionais, está de olho no mercado de Bitcoin e criptomoedas. Os clientes da BlackRock, incluindo esquemas públicos de pensão, doações e fundos soberanos, poderão negociar criptomoedas por meio de sua plataforma de gerenciamento de investimentos” aponta.
O analista cita um recente relatório da Wells Fargo Investment Institute (WFII), que aponta que as criptomoedas seguem um padrão de adoção semelhante a outras novas tecnologias avançadas, como a internet.
Eles acreditam que as criptomoedas podem estar perto de um ponto de inflexão de adoção, semelhante à internet em meados da década de 1990 e é por isso que é um investimento que vale a pena.
O gráfico acima destaca os caminhos de adoção de tecnologias – novas para a época – pelas famílias dos EUA. As linhas crescentes indicam uma porcentagem crescente de lares dos EUA usando essas tecnologias. A adoção normalmente começou lentamente, atingiu um ponto de inflexão e, em seguida, acelerou abruptamente.
Como exemplo, o analista aponta que a internet foi inventada em 1983, mas em 1995, apenas 14% dos americanos (e menos de 1% do mundo) a usavam.
“Curiosamente, essas porcentagens de adoção são semelhantes ao que estamos vendo hoje com criptomoedas. 13% dos americanos compraram ou negociaram criptomoedas nos últimos 12 meses, de acordo com uma pesquisa recente da Universidade de Chicago. E cerca de 3% do mundo usa criptomoedas, de acordo com Crypto.com ”, disse o relatório.
Para o especialista, no geral, o mercado de criptomoedas entrou no modo de recuperação, mantendo-se além do nível de resistência de US$ 40 mil.
“O Bitcoin continuará a seguir pistas do que está acontecendo em Wall Street, portanto, acompanhar os mercados de ações é crucial, pois os mercados estão intimamente correlacionados”, analisa.
As moedas DeFi com pior desempenho
Contudo, segundo o analista, embora o Bitcoin tenha consolidado seu valor atualmente acima de US$ 40 mil nem todas as criptomoeda seguiram o BTC em seu desempenho, como é o caso de 3 criptomoedas de finanças descentralizadas (DeFi) que chegaram a perder mais de 84% de seu valor.
“A comunidade de criptomoedas está acostumada à volatilidade, mas ao mesmo tempo o grande mercado de criptoativos está repleto de ‘deadcoins’ – tokens que falharam e deixaram de existir. Precisamos prestar atenção não apenas aos vencedores, mas também aos perdedores, filtrando as bandeiras vermelhas de uma moeda”, disse.
O analista indica que embora estas três criptomoedas tenham recuado fortemente elas ainda podem ser opções de compra interessante mas não no curto prazo, no qual os investidores precisam ficar atentos para analisar se a queda sinalizou o fim do projeto ou um recuo que pode impulsionar uma nova alta.
Synthetix (SNX)
Synthetix é uma plataforma de negociação de derivativos que fornece acesso on-chain a ativos criptográficos e não criptográficos. O protocolo usa o blockchain Ethereum para oferecer aos usuários acesso a ativos sintéticos. Um ativo sintético é essencialmente um derivativo tokenizado que imita o valor e fornece retornos sobre os ativos subjacentes sem exigir a retenção direta.
Atualmente sendo negociado a US$ 4,53, o SNX caiu mais de 84% de sua alta histórica de US$ 28,53 em 14 de fevereiro de 2021. Nas últimas 24 horas, perdeu 5,2% e registrou uma perda semanal de 24,1%.
Segundo o analista, as previsões de preço para os tokens de rede Synthetix preveem principalmente um declínio para US$ 2,307 até o final de 2022. No entanto, os ativos sintéticos como classe são bastante promissores no longo prazo. A tokenização de ativos físicos parece ser um de seus recursos mais interessantes.
“Imagine comprar um token que rastreia o S&P 500 e depois usar esse token como garantia em outros projetos DeFi. Poderia ser estendido a benchmarks de ações, commodities ou instrumentos de dívida”, disse.
Ele destaca ainda que não está longe o dia em que poderemos negociar instrumentos exóticos de ativos sintéticos, como mercados de cultura pop, mercados de memes, mercados de tokens pessoais, etc.
“Dado que qualquer ativo pode ser convertido em uma versão sintética e colocado em um blockchain, o mercado implícito tamanho é substancial”
Wonderland (TIME)
Vários tokens associados ao desenvolvedor do mercado monetário Wonderland, incluindo TIME, despencaram no final de janeiro depois que o cofundador pseudônimo do Wonderland foi revelado como Michael Patryn, um dos cofundadores da exchange cripto QuadrigaCX.
Patryn cofundou a exchange de criptomoedas com Gerard Cotten em 2013, que atingiu seu ápice em 2018 com mais de US$ 2 bilhões em volume de negócios. No entanto, Cotten morreu tragicamente, levando consigo as chaves das carteiras com quase US$ 190 milhões em criptomoedas.
Logo começaram a circular teorias da conspiração sobre as circunstâncias da morte de Cotten. Além disso, algumas investigações na época revelaram que Patryn era na verdade Omar Dhanani, um criminoso condenado envolvido em golpes de cartão de crédito e roubo de identidade.
“A venda da TIME foi desencadeada pela fúria entre a comunidade porque um golpista condenado continuou a deter as chaves de um tesouro no valor de centenas de milhões de dólares”, aponta.
Atualmente, a TIME está sendo negociada a US$ 321,34, 96,8% de desconto em seu ATH de US$ 10.063,72 estabelecido em novembro de 2021. Depois de considerar todos os fatores por trás deste projeto, seria seguro não investir nele.
inSure DeFi (SURE)
O Insure DeFi é usado para segurar um portfólio de criptomoedas comprando tokens SURE com moeda fiduciária e outras criptomoedas. Os prêmios de seguro são baseados em um Modelo de Preço Dinâmico que utiliza o Chainlink para distribuir os riscos de propriedade de criptomoedas em um pool de liquidez.
“A SURE perdeu 21% semana a semana e mais de 30% mensalmente. No entanto, como ainda está em alta de 68% ao ano, parece que estamos apenas vendo pura volatilidade”, analisa.
Ainda segundo o analista, usar soluções de seguro para o espaço das criptomoedas para estabilizar e proteger portfólios pode ser um bom investimento a longo prazo em meio ao crescente medo com relação a golpes, fraudes e hacks.
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