Especialista destaca 3 criptomoedas promissoras para driblar o bear market no segundo semestre deste ano

Analista destaca as três criptomoedas mais promissoras para o segundo semestre deste ano: Ethereum, Polygon e Chainlink.

O Wall Street Journal, fundado em 1889, é um dos jornais de negócios mais tradicionais do mundo, com uma circulação diária de quase 3 milhões de exemplares.

Em 6 de julho, seu Conselho Editorial, grupo responsável pela opinião do jornal, publicou um artigo contundente chamando a atenção da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC – Securities and Exchange Commission) para inconsistências em sua posição em relação aos ETFs de Bitcoin spot.

A matéria chama os impedimentos de “desconcertantes”, tendo em vista que a SEC já aprovou vários ETFs de futuro. O editorial destaca que a abordagem adotada em duas frentes impossibilita a aprovação de um ETF spot.

A SEC exige que os emissores provem que a maioria das negociações de bitcoin ocorra em mercados regulamentados ou que a parte negociada em mercados não regulamentados deve “possuir uma resistência única à manipulação além das proteções dos mercados tradicionais”.

O primeiro critério não pode ser atendido, já que a maior parte da negociação ocorre em bolsas não regulamentadas. O segundo é praticamente impossível, pois implica em celebrar acordos de vigilância com dezenas de bolsas.

“Uma aprovação de ETF spot de bitcoin seria tão importante para o ecossistema porque o investidor está priorizando adicionar produtos negociados em bolsa em seu portfólio. Embora o S&P 500 tenha caído -20,6% no primeiro semestre de 2022, os ETFs registraram um volume recorde de US$ 27 trilhões e arrecadaram US$ 291 bilhões – eles agora têm uma participação de mercado de 25%, em comparação com menos de 5% em 2000”, disse David Gobaud, fundador e CEO da Passfolio.

No momento da redação deste artigo, o índice Crypto Fear & Greed Index ainda está em “medo extremo”, com uma pontuação de 22, acima dos 14 da semana passada. William Subberg destacou que as opiniões dos traders estão divididas.

A Decentrader, por exemplo, acredita que os futuros de bitcoin estão mostrando sinais de alta e que “se as ações continuarem a subir e tiverem um rali de verão, $BTC e cripto provavelmente seguirão”.

Por outro lado, Steve Courtney acredita que o bitcoin não atingindo sua média móvel de 200 dias (US$ 22.500) pela terceira semana consecutiva, mostra que os mercados ainda estão com medo.

3 criptomoedas promissoras para driblar o bear market

Diante das incertezas com relação ao Bitcoin, um estudo realizado pela Mercurius Crypto, casa de pesquisa em criptoativos, mostra que, mesmo com o mercado deteriorado, ocasionado pelo mercado tradicional que interpreta o mundo cripto como extensão, a partir de uma análise fundamentalista, é possível identificar criptomoedas com grande potencial para o próximo semestre.

“Grandes atualizações estão previstas para este ano e devem dar um novo ar para o mercado. Com isso, é de extrema importância compreender qual o real valor de um criptoativo, é necessário estudar as teses de investimento e quais fatores de atualização podem destravar seus valores e fazer com que cresçam de forma exponencial”, explica Orlando Telles, diretor de research da Mercurius Crypto. 

Por se tratar de um mercado global e inovador, Telles ressalta a importância da pesquisa e do estudo em torno dos criptoativos nos quais se pretende investir.

Fatores como governança, propósito, taxa de adoção, número de usuários, quantidade de transações, empresas e fundos que estão investindo no ativo, além da identidade dos desenvolvedores do projeto, são maneiras de avaliar os investimentos de forma fundamentalista.

Com base na análise desses fatores, ele destaca as três criptomoedas mais promissoras para o segundo semestre deste ano: Ethereum, Polygon e Chainlink.

O analista destaca que o Ethereum, pode passar pela sua maior atualização em setembro, o The Merge, o qual visa a fusão da rede, aumentando a eficiência energética. De acordo com o especialista, esse evento significa uma grande destrava de valor para a segunda maior criptomoeda do mundo, tornando-se uma das recomendações seguras para os próximos meses.

“E mesmo que a volatilidade atinja o ativo com mais intensidade, é um dos projetos mais sólidos e com desenvolvedores engajados dentro das moedas alternativas ao bitcoin, os altcoins”, explica Orlando.

Já a Chainlink, vista como a base para todos os movimentos dentro do mercado de cripto. Isso porque o protocolo consegue fornecer soluções de oráculos, que são intermediadores de informações entre o mundo real e o mundo blockchain, possibilitando a aplicação de inúmeras funcionalidades dentro dos contratos inteligentes.

“O que ela pode fazer com a nova atualização promete ser uma destrava de valor para o token, criando mais utilidade e demanda e deve influenciar no preço ao longo prazo e também no CCIP, mudança relacionada à comunicação cross channie, um ponto importante para o mercado”, diz.

Por último, a Polygon, ativo que busca resolver o problema de altas taxas de rede, além de melhorar a experiência do usuário na negociação de certificados digitais (NFTs) e finanças descentralizadas (DeFis), com o objetivo no desenvolvimento da web 3.0, recentemente realizou uma rodada de investimento, liderada junto com duas das principais ventures capitals do mundo, a Sequoia Capital India e SoftBank, levantou cerca de US$ 450 milhões.

“Hoje em dia, o token está focado no lançamento de uma série de soluções, como a Polygon Edge e Polygon ID, que estão sendo bem representativos no mercado. Mais para frente, ainda deve ser lançada a solução Polygon Avail, que pode ser mais uma grande destrava de valor”, finaliza.

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