Exchanges brasileiras e analistas pregam cautela, mas dizem que Bitcoin deve seguir em alta em 2020

Analistas tentam compreender comportamento do Bitcoin diante da crise global causada pelo coronavírus.

Analistas e exchanges de criptomoedas no Brasil estão tentando analisar os movimentos do Bitcoin em 2020, diante da enorme crise econômica global e impactos diretos da pandemia de coronavírus nos hábitos globais.

Em matéria do Yahoo Finanças, os analistas falam sobre a grande queda do Bitcoin no começo de março, quando a moeda perdeu quase 50% do valor, e de sua recuperação desde então, que já atinge os 30%.

Apesar da grande queda, o Bitcoin manteve o patamar de mínimas sempre superiores ao ano antecedente. Outras criptomoedas acompanharam a baixa e também puxam recuperação, como ETH e LTC.

Segundo o analista de mercado Cléber Trindade, o momento de crise vai fazer com que “todos” reconsiderem suas posições com relação ao mercado cripto:

“É difícil entender, no geral, esse comportamento do Bitcoin. Geralmente, ele não acompanha o mercado nessas oscilações. Não acho que essa situação coloca todo o mercado em ‘quarentena’, mas deve fazer todos pensarem, refletirem melhor sobre as criptomoedas”.

Já o COO da Bitcoin Trade, Daniel Coquieri, reconhece que a grande crise das bolsas de valores pode ter impactado as criptomoedas, e explica:

“Muitos investidores venderam suas criptomoedas para cobrir quedas de outros mercados ou também para se precaver de um cenário pior com a pandemia. É momento de bastante cautela com relação aos preços”.

A mineração também é afetada pela crise e pela quarentena forçada. Para o CEO da consultoria Fastblock, Bernardo Schucman, diz que o trabalho presencial “é fundamental para garantir a segurança da mineração”, e que haverá impactos nas operações pequenas e médias.

João Canhada, da Foxbit, destaca a resiliência do Bitcoin diante da crise e que a resposta da maior criptomoeda tem sido boa diante da grande crise:

“A crise claramente já está entre nós e o Bitcoin está se mostrando resiliente e respondendo bem. A única coisa que não ocorreu como o esperado foi uma rápida valorização nessa situação de stress do mercado. Mas o ano não acabou. Vamos acompanhar com atenção. Continuo confiante no potencial do Bitcoin”.

Como noticiou o Cointelegraph Brasil nesta semana, o gestor do fundo brasileiro de investimentos em criptomoedas BLP Crypto, Alexandre Vasarhelyi, disse que o Bitcoin já não é mais perigoso que o mercado de ações.

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