Exchange deixa de operar em Cingapura por questões regulatórias
Huobi argumenta que lei de Cingapura é restrita e impede serviços oferecidos. A Exchange também deixou de operar na China.
A exchange Huobi, fundada na China em 2013, vai encerrar as operações em Cingapura. A empresa alega que trabalha para cumprir as regulamentações existentes em diferentes nações e nao consegue atender as exigências da Autoridade Monetária do país.
O início do processo de encerramento dos serviços pela exchange começou com o bloqueio de novos usuários, o que significa que nenhum morador de Cingapura pode mais abrir uma conta na Huobi. O próximo passo é eliminar gradualmente os clientes existentes no território até 31 de março de 2022.
A Huobi pede que todos os usuários tomem medidas imediatas para encerrar todas as posições ativas e retirar todos os ativos digitais da exchange antes de 31 de março de 2022. No comunicado, a prestadora de serviços financeiros digitais, chama os usuários de valiosos.
“A Huobi Global sempre teve o compromisso de oferecer serviços de negociação de ativos digitais, ao mesmo tempo em que segue todas as leis aplicáveis. Para cumprir as leis de Cingapura, teremos que incluir Cingapura como uma jurisdição restrita. Lamentavelmente, isso significa que a Huobi Global não pode mais oferecer serviços para usuários baseados em Cingapura”, diz o anúncio que acaba com um pedido de desculpas e agradecimento.
Huobi muda para Gibraltar
Essa não é a primeira vez que a Huobi deixa de operar em um país. Após Pequim proibir todas as negociações de criptoativos não apenas no território chinês, mas também operações com as criptomoedas via internet, a empresa foi obrigada a deixar a nação onde foi fundada.
O anúncio feito para formalizar o encerramento das operações em Cingapura foi exatamente igual ao divulgado no êxodo da China, e a uma diferença foi o prazo. Todas as operações da Huobi em seu país de origem serão interrompidas até o dia 31 de dezembro de 2021.
O cofundador da Huobi Global, Du Jun, observou que a mudança para Gibraltar é um movimento importante para garantir que seus negócios relacionados à criptografia possam prosperar. E justificou a escolha dizendo que Gibraltar oferece experiência, sofisticação e presença global.
Esta também não é a primeira vez que uma exchange deixa Cingapura. A Binance restringiu alguns de seus serviços para clientes do país visando cumprir os regulamentos locais.
Esses serviços incluem depósitos fiduciários, negociação à vista e compra de criptomoedas por meio de canais fiduciários e swap líquido. Para evitar disputas, a exchange advertiu seus usuários a fechar negócios, retirar ativos fiduciários e resgatar tokens até a data limite.
De acordo com o comunicado da Binance, as restrições foram impostas por questões de compliance.
Cingapura está de olho em CBDC para varejo
O Banco Central de Cingapura começou um projeto para entender os aspectos tecnológicos da construção de uma moeda digital do banco central (CBDC), com o objetivo de se preparar para implementar a moeda online no futuro.
Esse pode ser um movimento parecido com o da China, que implementou o Yuan Digital mas proibiu qualquer outra criptomoeda no país. Os chineses também não podem nem realizar operações com criptoativos pela internet.
Segundo o BC de Cingapura, a ideia é fazer uma parceria com o setor privado, aproveitando as valiosas descobertas do Desafio CBDC Global que a Autoridade Monetária do país (MAS) lançou no início deste ano.
O Chefe do Centro de Inovação do BIS em Cingapura , Andrew McCormack disse nesta quinta-feira (11), durante a participação do 6º Webinar do Banco Central do Brasil sobre o Real Digital, que o país asiático já trabalha há cinco anos no projeto do próprio CBDC.
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