Ex-Coinbase se livra de R$ 22,5 milhões em ações antes assumir em órgão do governo
O ex-diretor jurídico da Coinbase, Brian Brooks, assumiu cargo órgão ligado ao Tesouro dos Estados Unidos em março. No entanto, veio à tona na terça-feira (9) que o executivo vendeu US$ 4,6 milhões em ações antes de sua saída da exchange. O montante é equivalente a R$ 22,5 milhões.
Na Coinbase, Brooks ficava a cargo de fazer a exchange cumprir normas governamentais. Ele liderava o setor jurídico da empresa desde setembro de 2018. Em 31 de março, assumiu o cargo de Chief Operating Officer (COO) do Office of the Comptroller of the Currency (OCC).
Entre as atribuições do órgão está garantir que “bancos nacionais e as associações federais de poupança operem de maneira segura, forneçam acesso justo aos serviços financeiros, tratem os clientes de maneira justa e cumpram as leis e regulamentos aplicáveis”.
A venda de ações veio a público em reportagem do Bloomberg. O veículo cita informações reportadas pelo ex-diretor da Coinbase ao governo americano. Por enquanto, Brooks não revela o motivo de ter vendido milhões de dólares em ações antes de mudar de emprego.
Desgaste público
A notícia sobre o ex-diretor jurídico surgiu logo depois da Coinbase se ver no centro de nova polêmica. Recentemente, a empresa sofreu desgaste público por ter, supostamente, contribuído com autoridades dos EUA.
Dados teriam sido enviados ao IRS, equivalente nos EUA à Receita Federal do Brasil. Além disso, a exchange teria colaborado com o DEA, órgão de polícia federal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
No Twitter, Samson Mow (@Excellion) sugeriu que a Coinbase não é um local seguro para armazenar Bitcoin. A exchange, vale lembrar, é apontada como a exchange que mais detém Bitcoin. Ela estaroa logo à frente das corretoras Huobi e Binance.
Ações da Coinbase
Apesar de ter vendido um grande volume de ações, Brooks manteve em sua posse outros papeis e títulos de investimento. Segundo a Bloomberg, os ativos são avaliados entre US$ 1 milhão e US$ 2,2 milhões. Os valores girariam em torno de R$ 4,9 milhões e R$ 10,7 milhões.
O relatório também mostra que ele também recebeu, nos últimos dois anos, US$ 1,5 milhão (R$ 7,3 milhões) da empresa de empréstimos hipotecários Fannie Mae.
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